Categoria: <span>Poemas e Crônicas</span>

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POEMA (Justinavida)
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POEMA (Justinavida)

1º de outubro de 2005 Confúcio Moura Toda cidade tem seus loucos de medianos aos quase normais. Acho que ainda não há tecnologia com medidor de normalidade Nos cantos da vida, (sertão onde nasci,) Justina subia a rua conversando sozinha com um balde de leite à cabeça Ela tinha serventia de carregar cargas de lenha...

RUBÃO: O cozinheiro do fim do mundo
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RUBÃO: O cozinheiro do fim do mundo

Rondônia ainda era terra desconhecida. Erma sesmaria,  que foi Mato Grosso e Grão Pará, em tempos idos.  Vi e ouvi histórias, quando aqui cheguei, ano de 1976, que podem parecer fantasias deslumbantes. Rubão não sabia a idade, nem interesse tinha com o tempo. Acostumou a ser assim, sem idade, sem datas, sem aniversário. Era homem...

Poema (Henrique)
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Poema (Henrique)

22 de agosto de 2006 Padrinho Henrique era um latoeiro de pernas tortas Usava paletó de brim caqui costumeiro aos domingos A inseparável bengala As pernas em arcos rolavam a passos pela Rua dos Rodrigues Parecia um jabuti tal a lentidão Ele dava formas às latas Lamparina, chocolateira, bule e cuscuzeiro. Também, fazia remendos nas...

Poema (Coisas duvidosas)
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Poema (Coisas duvidosas)

2 de setembro de 2006 Poesia não flui com água. A palavra é um tijolo. Vou colocando uma sobre a outra para construir desencontros. Sou um artesão. Aprendi com minha mãe o valor dos remendos. E aproveitar retalhos de panos, de todas as cores, juntar pedaços até se construir tapetes, capas de travesseiros e poesias....

Poema (Borboletas)
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Poema (Borboletas)

Janeiro de 2004 Confúcio Moura Borboletas bordam o céu com a mesma paciência que minha mãe bordava um vestido de noiva. Elas escrevem versos com ritmos e acrobacias Rimas com o vento e prosa com as  cores. Elas me fazem crente na  divindade dos animais Nestes pontos de infinitas dúvidas Estas asas que abanam, lindas...

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SONHO E VIAGEM

Bença, madrinha Lindaura. Era assim os meus costumes. Madrinha Lindaura já morreu. Padrinho Henrique também. Para batizar um filho, os pais escolhiam amigos na cidade. Gente boa. Quase sempre padrinhos de muitos outros. Sem mais nem menos, dia 6 de maio, madrugada silenciosa, Cacoal, ela me veio em sonho. Eu diante da Pensão Macedo, na...

PEDRÃO – O homem do basquete
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PEDRÃO – O homem do basquete

Pedrão gosta do basquete. Parece que nasceu com este dom. Aprendeu com a vida e o seu tino próprio de liderar. Tem mais uma – é um excelente publicitário da sua causa. Na Escola Dom Bosco enche paredes de cartazes de entusiasmo. De palavras de ordem, dizendo que o menino é capaz. Tem talento. E...

O MÉDICO DO IMPOSSÍVEL
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O MÉDICO DO IMPOSSÍVEL

Ariquemes era uma vila pequena. Cerca de 1500 habitantes, casebres de madeira, lado a lado da estrada de chão, que se chamava BR 364, cobertos de palhas, outras de telhas eternit. Médico nunca teve. Só o enfermeiro Francisco Carlos e três farmácias que faziam tudo,  partos, suturas, “encanavam” fraturas de pernas e braços. Faziam soros...

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SEU RUTE

Ano de 1975 e mais outros seguintes. O encarregado da Basevi se chamava Rute. Era seu Rute pra lá e pra cá. Era o tempo que Ariquemes era aberta pelo Incra. A empresa Basevi que fazia a topografia de sítios e fazendas. Rute um homem, com cara de macho mesmo, mas, com este nome. Sempre...