Categoria: <span>Poemas e Crônicas</span>

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Médicos e quase médicos do tempo do onça

No  meu tempo, naquele tempo, isto e aquilo, sinal que se está ficando velho. A saudade de tudo que passou. Mais passado que futuro, mais saudade que esperança. Não é bom. Sem passado, sem história, sem vivências não teria literatura, não teriam as novelas e nem as peças teatrais, nem os causos. Quando me instalei...

O guerrilheiro do Rio da Conceição
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O guerrilheiro do Rio da Conceição

Meu querido amigo Clodomir Santos de Morais, você é o cara.  Foi um socialista à moda antiga. Tinha que lutar para ser socialista de verdade. Passou pela máquina do tempo em Pernambuco, onde militou e aprendeu de tudo. Eleito Deputado Estadual e foi parceiro de Pelópidas Silveira, que se elegeu Prefeito de Recife, no peito...

O meu quarto de hora
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O meu quarto de hora

A noite sobre mim tem um rito, pesado e triste, de me acordar sempre às duas horas da madrugada. Até me parece que tenho um compromisso sério a cumprir, algo inadiável, que a mão invisível, não perdoa, tal qual a mãe que acorda o filho para o trabalho distante. Irrompe no silêncio, ora chuva, ora...

O catador de grãos de soja
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O catador de grãos de soja

Todo homem acha, por sí, que é perfeitamente normal. Reconhecer que é doente mental é tarefa para poucos. Li (certa vez) nas páginas amarelas da Veja que ser normal é raridade. O andarilho parou naquele ponto, talvez ali ele tenha encontrado o lugar exato de encontro com todas as suas visões. Se ele era normal...

Descaso de sol
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Descaso de sol

(poesia de autoria de ana rosa ernesto) ainda tinha sol fazendo sombra do lado de cá das coisas e não era hora importante nem de fome nem de sede nem de recompor-se ainda tinha sol acordando quem pode quem pede ficou lá – do lado de lá – das coisas e nem sei se era...

Me deu tanta vontade
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Me deu tanta vontade

Ainda é cedo, como de costume. Eu me levanto todo dia, abro as portas e janelas, dou uma olhada na cidade, olhar de cima do apartamento, a turva madrugada, os barulhos esparramados e serenos, refletem-se muito como ecos doidos, luzes piscam, estrelas piscam, o silhueta do rio escura, sem a curva, o Madeira não faz...

Ser o fruto dos monturos
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Ser o fruto dos monturos

Confúcio Moura (dezembro de 2014) Caiu o muro, cresceu erva  no monturo, foi assim que disse José Mariano dos Anzóis Pereira, quando soube que eu era estudante de medicina. Eu achei a frase tão feliz que não me esqueci dela. Que passou pra mim como inspiração de vida e que bem-aventurados sejam os lixões e...

Você é mais que uma W-3
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Você é mais que uma W-3

Esta noite meia noite ainda foste o dia em mim O teu bronze de sino me chama para tua primavera de cios e flores de ipê roxo Tudo cintila bigornas de cigarras acordando o cerrado de Brasilia Hei de encontrar-te nas tesourinhas do Eixão do seu monumental corpo sinuoso Bem melhor que a foice tu...

Um descanso impossivel
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Um descanso impossivel

Vida agitada, ano a ano sem descanso, chegou o momento para sair um pouco, fugir da rotina, caçar paisagens novas, conversas novas, fazer uma faxina na cabeça. O dilema onde encontrar este paraíso? Pensei em pescaria no Guaporé, uma praia de litoral, Pousada do Rio Quente, um hotel de floresta e lugares assim deslumbrantes. Ou...

O sonho era o ventilador
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O sonho era o ventilador

Cada tempo com suas ofertas de conforto. Eu me lembro muito bem quando fui aluno da Faculdade de Medicina (Universidade de Goiás) nos anos setenta. Como tudo era tão simples! No início as aulas eram dadas em salas grandes, bancos e ou cadeiras de madeira maciça,  um corredor imenso feito varanda,  vendedor de livros, a...