POEMA – A BAILARINA

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POEMA – A BAILARINA

17 de maio de 2004

A multidão silenciosa dança em suave movimento. O homem sem forma, o som da rua guia o passo. Tudo tremula no mesmo ritmo das folhas ao vento.

Iguais.

Ninguém é individual. Cada um se pertence a outro. Senão ao ar, a água ou terra.  Os véus deslizam em cisnes, em sombras e sonhos. Em tudo há cores cintilantes.

O olhar se choca com a tarde. Faz eco na rocha que brilha. Não se ouve o frêmito do ar, o arquejo do corpo suado, apenas a batida surda do próprio sangue.

Tudo é movimento. Que existe.

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