O Brasil como referência na produção do Hidrogênio foi o tema de debate das comissões de Infraestrutura e de Meio Ambiente

O Brasil como referência na produção do Hidrogênio foi o tema de debate das comissões de Infraestrutura e de Meio Ambiente

A proposta para a realização do debate foi sugerida pelo senador rondoniense, Confúcio Moura, entusiasta da diversificação da matriz energética brasileira

O potencial e os desafios para viabilizar a economia de hidrogênio sustentável como fonte renovável de energia no país, de sua utilização na indústria e a sua contribuição para a redução da emissão de gases de efeito estufa foi o tema da audiência pública conjunta das Comissões de Infraestrutura (CI) e de Meio Ambiente (CMA) desta terça-feira, (27) proposta pelo senador Confúcio Moura (MDB-RO).

O senador Confúcio Moura, que também e preside a Comissão de infraestrutura, justificou a realização do debate o grande potencial do Brasil para a geração de hidrogênio verde com o uso de energia eólica e solar, condição que pode reforçar a posição do país na corrida pela descarbonização da economia.

De acordo com o parlamentar, o País possui um grande potencial para o hidrogênio verde, pois as fontes eólicas e solar viabilizam a geração do combustível. “O Potencial está não apenas como mercado consumidor, mas exportador. A transição energética, contudo, demanda investimentos para ser viabilizada e soluções para a carência de infraestrutura para garantir armazenamento de hidrogênio, desde melhorias portuárias e integração da geração com sistemas de distribuição”, explicou.

Embora a matriz energética brasileira seja majoritariamente proveniente de fontes renováveis (61,8% de hidrelétricas), Confúcio Moura destacou que ainda há muito a ser explorado para que diferentes setores se tornem mais sustentáveis. “Uma das soluções que tem ganhado força nos últimos anos é a adoção do hidrogênio sustentável. Dados da Agência Internacional de Energia (IEA) apontam que, desde o ano 2000, cerca de 990 projetos de hidrogênio foram identificados no mundo (67 países com pelo menos uma iniciativa sustentável na área). No Brasil, são apenas quatro projetos dessa natureza”, disse.

A Confederação Nacional da Indústria – CNI tem defendido que o país tem todas as condições para ser protagonista no processo de descarbonização da economia no mundo através de tecnologias limpas como o hidrogênio verde. Para a CNI, além das vantagens econômicas ao país, o hidrogênio sustentável seria extremamente viável ao Brasil em termos de produção.

Para Confúcio Moura, além de surgir como oportunidade para descarbonizar a indústria nacional, o hidrogênio verde também poderia ser exportado, em especial para a Europa. Segundo ele, entre os potenciais parceiros do Brasil nesse negócio está a Alemanha, que tem feito acordos com diversos países para a compra de hidrogênio sustentável para uso final e modernização de seu sistema produtivo.

A audiência pública, segundo Confúcio Moura, teve o objetivo de tratar o hidrogênio sustentável no contexto das soluções de infraestrutura necessárias para garantir à sociedade brasileira os investimentos suficientes para superar os desafios e expandir nossa capacidade de geração de energia limpa, além de inserir a produção de hidrogênio verde na agenda nacional, com ganhos a todos.

Participaram do debate, o secretário nacional de transição energética e planejamento do Ministério de Minas e Energia, Thiago Vasconcellos Barral; o vice-presidente de investimentos e hidrogênio verde da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSolar), Camila Ramos; o presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Cloro, Álcalis e Derivados (Abiclor), Milton Fernando Rego; representando o Ministério do Meio Ambiente, Carlos Alexandre Príncipe Pires; e o presidente da Associação Brasileira do Hidrogênio (ABH2), Paulo Emílio Valadão de Miranda.

Contribuíram ainda, a gerente de energia e clima da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Juliana Borges Falcão; além de representantes dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação; do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; do Conselho Federal de Química (CFQ); da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim); da Empresa de Pesquisa Energética (EPE); e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

 

 

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