CAMPO GRANDE

Home / Poemas e Crônicas / CAMPO GRANDE
CAMPO GRANDE

Campo Grande (30 de junho de 2015)

Senti o cheiro do Pantanal na cidade, imaginei os biguás, jacarés e os bandos de garças. Quem me vê dizendo tudo isto pode imaginar que não admiro Campo Grande, que de tanto admirá-la coloco-a num pedestal bem alto das cidades brasileiras.

A cidade de Campo tem a ousadia do conflito entre o cerrado e o pantanal e um compromisso inconsciente de um abraço entre os dois
Quem a imaginou não foi por mero  acaso. As avenidas largas como os rios, vários deltas de praças e a calmaria assumida pelos moradores que se colocam nos seus lugares para não assustarem os bichos comuns

Campo Grande se veste de uma vaidade orgulhosa de também ser cidade e imagino a cidade toda em sintonia de ruas, casas, carros e homens. Circula uma onda boa em suas veias de almas, de flores e visões de deslumbramentos infinitos.

Cada morador deveria ter sobrenome de Campo Grande ou de seus pontos que lhes são caros,  acredito que ficariam muito felizes. João Grandão Campo Grande Passarinho. Marisa Serrano Jacarandá. Dr Alexandre Caboclo Guzerá,  Lúdio Coelho Pequizeiro de Aquidauana. André Puccinelli  Indio do Brasil, Eliana Tuiuiú Lopes de Chalana e por fim, Manoel de Barros Flautoso de Seriema.

Campo Grande a conheci em outros tempos, a virtude é que se encontra no mesmo lugar. Procurei lixo jogado na rua. Procurei paredes pixadas por vândalos – não as vi.   Vi Dourados por aqui, vi o Estado inteiro sendo cidade.

A cidade avança no Brasil com sua cara de diferença, onde casa é casa e gente é gente, tem hora que gente é casa e casa é gente. E se constitui deste encontro de intenções,  uma cidade floresta,  que nas flores desabrocham amores e muitos segredos.

Deixe um comentário

Seu endereço de e-mail não pode ser publicado.