TEMPO BOM, NÃO VOLTA MAIS….

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TEMPO BOM, NÃO VOLTA MAIS….

Você pode fazer o quiser, ficar adulto e velho, mas enquanto tiver memória,  não esquece da sua infância. E guarda nas gavetas  do cérebro,  as cores, as ruas, as paisagens, os parentes. Principalmente, inesquecíveis,  são os  colegas de escola, os meninos da mesma safra de idade, os primos com quem se compartilhava os segredos das traquinagens, dos malfeitos e demais diabruras,  armadilhas que os tempos de menino sempre nos manda fazer. Até parece que há uma necessidade de se aprontar desafios, alguns perigosos,  todos os dias.

Maiores amigos e verdadeiros,  que se tem nada vida,  são os colegas de infância. Ninguém esquece os apelidos. As histórias e ainda mais no meu tempo de menino, que veio de tempo longe, dos anos 50 e adolescência nos anos 60. Onde o mundo era outro, completamente outro. Os brinquedos eram construídos por nós  mesmos, ou pelos pais e tios. E eram muito simples: jogo de finca (pedaço de ferro ponteagudo de cerca de 20 cm), bola de gude, pular corda, salto em altura sobre varas, disputa de corridas em duplas, soltar papagaio (arraia), estilingue, bodoque, esconde-esconde, alçapão, arapuca. Além do jogo de bola que entretia a meninada até a noite.

E menino naquele tempo apanhava mesmo. Não tinha esta  de castigo não, era peia mesmo, de fazer vergão no lombo e menino mijar na roupa. E nada  mudava o ritmo alucinante de nossas vidas. E no dia seguinte tudo começava como se nada tivesse acontecido. A gente corria. Comia muito. Comida simples. Arroz e feijão todo dia. Mandioca, inhame, abóbora com leite e rapadura.

Não posso dizer que os meninos de hoje vivem melhores do que nos meus tempos de menino. Mas, se tivesse de escolher, optaria pelo que vivi. Não acho graça nenhuma jogos em  computadores, comer pipoca com manteiga em cinema, viver dia e noite com iPhone. E viver  um mundo solitário, anti-social. Tudo é muito bonito. Mas, falta à criança a inventividade, X boas relações com a família integrada  e comer arroz com feijão.

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