O SHOW RURAL

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O SHOW RURAL

Dia 31 passado, domingo, acordei bem cedo, às 3h da madrugada para deixar as minhas obrigações pessoais arrumadas para a semana. Saí de carro de Ariquemes à Porto Velho às 6 h. Chovia fino e o limpador de para-brisas trabalhou sem parar. Parei por 15 minutos em Itapuã para visitar Joaquim e Vandira . Em Porto Velho assinei pilhas de documentos e desci ao Escritório para atender a três audiências.

Às 12 h saí para o aeroporto com destino à cidade de Cascavel –Paraná, voo da Azul com escalas em Cuiabá, Londrina, Curitiba e último trecho à cidade destino. O avião decolou de Curitiba e logo veio o aviso que chovia muito em Cascavel e que daria novos avisos ao se aproximar. Mais 20 minutos rodando sobre a cidade, sem chances de descer e  fomos pousar à meia noite em Foz do Iguaçu.

O estômago roncava de fome. Tarde inteira e noite só com água. Comprei numa lanchonete de Foz uma latinha de mate diet e um pastel dito natural recheado com frango desfiado. Pegamos um micro-ônibus e voltamos para Cascavel onde chegamos às 2,30 h da manhã. Fiz as contas e percebi, descontadas duas horas do fuso horário, que estava há 22 horas acordado, dentro de aviões ou esperas nos aeroportos. Ainda chovia na cidade.

Fiquei aborrecido com a longa viagem, corpo doído, arrependido por passar por via-sacra bem cansativa. Mas, me deixei levar, porque não havia outro jeito de voltar atrás. E também já vinha adiando a visita por vários anos.

Acordei na segunda-feira feira as 8 h, pensei na palestra que daria, olhei os slides e pus na cabeça algumas palavras de elogios ao Governador Beto Richa, o Prefeito Edgar Bueno e ao Presidente da Coopavel Dilvo Grolli e meti a cara a falar bem de Rondônia , do nosso crescimento real e positivo e das nossas oportunidades. Convidei a todos para visitarem o Estado, a fazerem investimentos, a comprarem terras. Falei dos incentivos tributários que o Estado pode conceder e o crédito barato do Banco da Amazônia. E que Rondônia é também um Paraná.

Esqueci das dores do corpo, do sonolência, da viagem difícil e vi o admirável mundo do agronegócio, das imensas oportunidades de crescimento da agricultura familiar, os canteiros demonstrativos de soja, milho e outros produtos, oceanos de máquinas, palestras fantásticas, o mundo novo e de misteriosos engenhos da  genética das sementes. Eu vi o Brasil que dá certo, o Brasil bonito , o Brasil rural inovador e produtivo. Confesso que valeu a pena e esqueci do cansaço e dores nas pernas.  E por fim,  esmola com chuva rala e continuada coloquei calção, tênis e camiseta e me joguei nas ruas da belíssima cidade de Cascavel.

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