MISTÉRIOS DE PORTO VELHO

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Porto Velho é banhada de ouro. Como uma jóia,  que se põe no pescoço,  para se envaidecer. O Rio Madeira de águas barrentas esconde mistérios, que a só a ciência permite descobrir. A força da água que produz energia. O seu leito de riquezas fundas. A curva do rio, seu cartão postal. E este cheiro de proximidade com a natureza que nos faz descansar. Aqui, o céu se confunde em suas cores e o anoitecer, a cada dia, nos desenha uma espiritualidade que não se descreve. E correm em suas águas as mercadorias que marcam a riqueza do Estado. porto velho,curvadorio

O Rio Madeira tem sabedoria. E bem devagar vai se descortinando como se fosse um filme. As cidades tem a magia dos seus rios. As suas águas que vem de tantas nascentes, com tantas composições, irradiam sobre a cidade de Porto Velho uma complexidade de costumes, culturas e vontades, absolutamente interessantes, que não cabe nenhuma crítica. Ela é assim, porque deve ser assim. Ela se acomoda muito bem a este conjunto de humanidades, de vaidades, de culturas, de raças, de sotaques, culinárias, cheiros, hábitos, festas. Nesta  cidade cabe o mundo inteiro. 

Como será esta cidade daqui a 50 anos?

– Nem imagino.

É jogo, ainda aberto a todas as possibilidades. O que me cabe dizer e fazer, como Governador deste Estado, simplesmente,é  a minha parte. E qual será a minha parte neste jogo da existência da cidade, para que fique registrada nos céus múltiplos de todos os dias? Devo fazer tudo aquilo além do que penso. Até parece que este texto se constitui num paradoxo, como os escritos fantásticos de Jorge Luiz Borges ou filmes de Pedro Almodóvar. 

Água para todos farei. Esgoto temos que rezar juntos. Muito e muito. Neste quesito entram os diabos. Temos que exorcizar os diabos. Casas para quem não as tem, em obras, todas as serpentes da Amazônia venham me ajudar, para picar mortalmente a burocracia, o bendito “marco legal”, que deixa de lado a insalubridade como indicador,  a navegar na estatística do atraso. Eu quero esgoto em Porto Velho, para que rime, por do sol com bem-estar. Poesia com realidade. 

Eu quero o meu pedaço de Porto Velho para fazer bem feito. O bairro que inunda todo ano. Que atola a bicicleta e que desmerece o governante. E que cada ação conspire para melhor ação. Que não fiquemos nos intrigando por  parágrafos e  incisos.  O mais duro e cruel parágrafo é o da saúde pública ainda precária. O parágrafo do desrespeito. Água tratada e esgoto sanitário dão dignidade a pessoa humana, como direito fundamental. 

Que CEROs, HEUROS, TUDO AQUI, PRATO CHEIO, ESPAÇO ALTERNATIVO, MORADIAS, RODOVIÁRIA, ÁGUA, ESGOTO, CADEIAS, ESCOLAS DIGNAS, UNISPs, BATALHÕES, TEATRO, PALÁCIO, M– USEUS, BIBLIOTECAS,  TRIANGULO, NACIONAL, ESTRADA DO BELMONT, BARRANCO DE CALAMA, DESABRIGADOS AMPARADOS, ZONEAMENTO DE JACI – enfim, que o Rio Madeira e seus mistérios nos contemple com suas forças. E nos ampare. 

Eu quero a Flor do Maracujá no meu coração. 

 

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