A fluidez bate no rochedo

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A fluidez bate no  rochedo

Tem dia que, para escrever um texto, ele flui como água ladeira abaixo. Vai fácil. E as ideias vão aparecendo numa velocidade que o dedo não consegue digitar. Chega a atropelar. Como posso mal comparar, congestionamento de idéias. Já encontrei a minha fórmula mágica para driblar estes dias. Porque todo mundo tem estes dias. O segredo é levantar e sair de perto do papel ou do computador. Deixar de lado.

Deixe lá, pelo menos, um título ou algumas interrogações, para servir de “chama”. Vá cuidar de outras coisas.  Porque quanto mais você forçar, pior fica, e termina que o texto fica ruim. Tenho mais uma mania comigo. A de carregar pedacinhos de papel no bolso. E de vez em quando, surge o que Oscar Motomura chama de “insigths”. Puxe o papel e anote o “insight”, porque ele é rápido. Entra e sai numa velocidade incrível. Como o sonho. Sonho é assim também. Se quiser lembrar, acorde e anote.

Eu tenho sonhado com papel e caneta na cabeceira da cama. Sei lá, se uma hora desta, vem um sonho com os números da Mega-Sena do ano novo? E aí? Não pode escapar. Como este tema é bem escorregadio, o que mais se tem a fazer é respeitar o seu limite, como também, respeitar o pensamento e ideia do outro. Cada homem é um mundo inteiro. Universo. Cada um pensa diferente, é por isso, que tem tanta briga no mundo. Tanto conflito.

As mudanças que surgem no mundo, vem dos “insights” e das ideias das pessoas. De qualquer pessoa. De qualquer comunidade. O que se tem que fazer é ouvir e respeitar. E quem sabe, introduzir a sugestão ou proposta ao seu novo mundo, mesmo que seja a contragosto.

Porque a humanidade é assim mesmo, complexa, porque o homem é uma montanha de emoções e também, se pode dizer, de vaidades. E tem mais uma, por menor que seja, o homem busca, no seu meio, glória e poder.

 

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