Embolada (crônica e ou poesia)

Embolada (crônica e ou poesia)

Me veio à cabeça a palavra banzeiro. Sem olhar no Google, eu me lembrei da infância, de quando queriam dizer coisa mal arrumada, e falava-se “aquele banzeiro” ou “banzê”. Não quero dizer que somos mal arrumados. Se pensarmos bem… somos sim! Fomos nos desarrumando para nos encaixar na destemperança da atração, que não sabemos definir bem. E estamos levando.

Chegamos na ponta da estrada, encruzilhada, com várias vicinais; um pé de galinha. Acho que deveremos entrar em cada uma delas e caminhar e voltar para chegar a este ponto, imaginado que é o delírio.  Banzeiro pode ser ondas produzidas por uma embarcação ou pessoa muito preguiçosa. Prefiro as ondas. Vou e volto, só não aceito o ponto final.

Queria lhe mostrar com meus olhos, e ver com os seus, tudo que há por aqui. E arrancar música e poesia de cada trecho. São dois pontos distantes, marcos humanos afastados e animados. Eles se juntam a cada pensamento e terminam encaixados como se um, apenas, fossem.

Esses tentáculos polvorosos se atracam em lutas ferozes, brotam delas o néctar gostoso sorvido pelos beija-flores. E tudo lá fora explode como se universo não existisse. O prazer é um doce improvável, que apenas se sente e mais nada.

 

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