Confúcio Moura afirma: ou melhoramos a educação ou perderemos a guerra para o atraso

Confúcio Moura afirma: ou melhoramos a educação ou perderemos a guerra para o atraso

A afirmação foi feita em discurso na Tribuna do Senado Federal, a partir de artigo da Folha de São Paulo

Ao assumir o microfone da Tribuna do Senado na tarde da segunda-feira (01), o senador Confúcio Moura convidou os presentes a lerem o artigo da advogada, escritora e dramaturga Becky S. Korich. No texto, cujo título muito sugestivo é “O Brasil está emburrecendo os brasileiros”, a autora faz uma abordagem da qualidade da educação brasileira, a partir dos resultados dos diversos exames de avaliação que a política educacional brasileira é submetida.

“Imaginem, senhores, que a autora afirma, com todas as letras, que até o ‘inventivo jeitinho brasileiro’ parou no tempo. Para quem se orgulhou de ser o país do jeitinho, isso é uma ofensa!”, afirmou Confúcio Moura.

Segundo o senador, o texto é alarmante, pois chama atenção para variáveis importantes para medir o grau de apreensão de conhecimentos que desempenham papeis importantes no avanço tecnológico e cognitivo de uma sociedade. “A Dra. Korich afirma que estamos entre os 15 piores na competência do pensamento criativo. De cada dez brasileiros com 15 anos, só três conseguem resolver problemas simples, como converter moedas e comparar distâncias.

Para ela, o pior é que somos um fracasso também em criatividade. Sem capacidade criativa, vamos reproduzindo, décadas após décadas, modelos que nos aprisionam ao atraso”, lamentou o parlamentar.

No artigo, a autora cita os resultados do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), que até 2022 avaliava apenas os conhecimentos em matemática, ciências e leitura. Dai em diante, o PISA passou a medir também a capacidade criativa dos estudantes, que é inegavelmente um dos maiores estímulos para a própria aprendizagem e o desenvolvimento. Neste quesito, Singapura, é o mais alto do ranking, com 41 pontos. O Brasil ficou com 23 pontos, dez pontos abaixo da média da OCDE.

“Os senhores que têm me ouvido nesta Tribuna, quase que toda semana, sabem a minha luta em favor de políticas educacionais que valorizem nossos estudantes, nossos professores e nossas escolas. É fundamental que a educação seja levada ao lugar que ela merece. Somente com compromisso firme e contínuo com a educação, poderemos reverter esse quadro alarmante e garantir um futuro próspero e justo para todos os brasileiros”, disse Confúcio Moura.

Homenagens

Ao continuar o discurso, o senador Confúcio Moura fez referências a personagens importantes na história de Rondônia. “O Dr. Frederico Álvares Afonso, que implantou a Ceplac; Assis Canuto, que foi Deputado Federal e pioneiro, coordenou a instalação do primeiro projeto de colonização do Brasil, por meio do Incra, no Estado de Rondônia; o Capitão Sílvio de Faria, que demarcou as terras dos seringais para que fosse feita a reforma agrária; e Antônio Miyachi, que morreu no início deste mês. Foi quem, em 1969, em meio à mata virgem, demarcou mais de 20 mil lotes de 100ha. De repente, numa feira livre na cidade de Ouro Preto do Oeste, encontramos o pesquisador aposentado Olzeno Trevisan, um gaúcho que foi adolescente para a Transamazônica. Não poderia deixar de citar, também, Antônio Deusemínio e Francisco Neto, que, por muito tempo, estiveram à frente da Ceplac em Rondônia. Hoje, desenvolvem modelos para a agricultura familiar de cacau. No caso de Deusemínio, também a fabricação de chocolate. Nós estamos ajudando – junto com o Instituto Federal de Rondônia – a construção da fábrica de chocolate da cidade de Jaru”, concluiu o senador.

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

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