A estação da manga, lá no Tocantins é final de ano. Por aqui também. Mas, a manga tem estreita relação com o clima, índice de chuvas e intensidade de luminosidade. E a estação coincide com o Natal, até parece um presente. E o Brasil agradece a grande produção de manga nos quintais, ruas, plantios e...
Esta poesia foi feita numa conversa com minha filha Bárbara em Brasília, recentemente. Mais para indagar dela, por que morar em Brasília? Este apego estranho que tu sentes Por esta cidade sem horizontes De céu tão claro que nem parece céu Esta dúvida de não chegar nunca ao seu infinito Cidade sem povo na rua...
Pensei em vários temas para escrever hoje, domingo, que estica no feriado de amanhã, segunda, que termina sendo domingo também. As pessoas em casa, as pessoas nas praças, as pessoas nos cinemas dos shoppings, as pessoas visitando pessoas, as pessoas nos clubes, nos sítios, dando às suas vidas a leveza dos voos das aves e...
Autora: Elizabeth Bishop A arte de perder não é nenhum mistério tantas coisas contém em si o acidente de perdê-las, que perder não é nada sério. Perca um pouco a cada dia. Aceite austero, a chave perdida, a hora gasta bestamente. A arte de perder não é nenhum mistério. Depois perca mais rápido, com mais...
O Brasil tem um certo prazer pelo retrocesso. Tem um vezo para piorar as coisas, que nunca vi igual. A Fundação SESP foi neste país um serviço que deu certo. Até parecia que o SESP (Serviço Especial de Saúde Pública) não era no Brasil, de tanta qualidade que ela tinha. Veio dos anos 40 e...
Campo Grande (30 de junho de 2015) Senti o cheiro do Pantanal na cidade, imaginei os biguás, jacarés e os bandos de garças. Quem me vê dizendo tudo isto pode imaginar que não admiro Campo Grande, que de tanto admirá-la coloco-a num pedestal bem alto das cidades brasileiras. A cidade de Campo tem a ousadia...
Cuiabá 28.6.15 Hoje o Flamengo joga com o Vasco na arena pantanal A obra do VLT ainda não terminou e Várzea Grande continua sendo Cuiabá Faz tempo que não tem mais pacu no rio e as boiadas nos confins dos meus olhos O calor espanta as garças dos brejos e na copa das árvores corre...
Porque este é o único ato em que não me permito estar apenas presente mas ser presença ainda que não me ouça ainda que os teus dias não permitam que os meus sorrisos cheguem a ti ainda que eu já não te reconheça e que o entardecer você não veja ainda que o teu cabelo cresça e esconda o teu pescoço que eu tanto admirava ainda que em ti eu não seja mais que um grão de areia ou uma brisa passageira ainda que não lembres das noites em que eu te cobria com as cobertas das minhas palavras ainda que não sinta mais falta dos meus risos e das minhas lágrimas ainda que sejamos tão estranhas e tão companheiras numa mesma alma ainda que o meu nome tenha desaparecido dos registros do teu peito ainda que só tenha restado o silêncio o caos, o vinho, os copos vazios ainda que a minha voz já não seja uma canção para o teu descanso ainda que pareça que não dou mais importância ainda assim, meu amor, mando-te amor mando quando acordo e minha mente corre para a tua face mando quando sinto o teu coração bateu no meu mando quando lhe dedico toda palavra que há em mim e mesmo que tudo isso seja pouco mando o meu pouco porque o meu muito está dentro de você. Jana Lima (Cacoal)
Goiás antigo, dividido, sertão, hoje o belo Tocantins. Dividir para somar, para multiplicar, foi o que aconteceu, o sertão quase virou mar. Eu nasci em Dianópolis, que se chamou São José do Duro, um belo nome, Duro, porque era dura a vida, de rachar, de jegue, de feixe de lenha, de lata d’água na cabeça,...
Autora: Regina El Rafihi Pela janela espreito a noite, A lua linda… feito uma vírgula no céu. Faço a ela um pedido: Ah! Quero minha infância de volta A alegria inocente das brincadeiras de rua, amizades puras e sinceras a doce espontaneidade incontida. A simplicidade de viver… sentimentos verdadeiros, liberdade. Ah! Quero minha infância de...
