Para o senador, embora tenha matrizes energéticas renováveis, não é possível o Brasil ignorar as vantagens da utilização do hidrogênio

Na abertura da reunião da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado Federal, desta terça-feira (06), o presidente do Colegiado, senador Confúcio Moura (MDB-RO), defendeu a realização de audiências para discutir o potencial e os desafios para viabilizar a economia de hidrogênio sustentável como mais uma fonte renovável de energia para o Brasil.

O parlamentar rondoniense enfatizou que o Brasil possui atualmente 48% das matrizes energéticas mais limpas do mundo e que o país tem um cenário muito diferente do resto do mundo, onde os países têm, em média, 86% da oferta de energia de fonte não renovável. Segundo ele, a Europa aposta fortemente da mobilidade elétrica, acreditando ser a melhor opção, mesmo com risco iminente de desindustrialização.

Na avaliação do senador, os EUA promulgaram em 2022 novas regras voltadas para questões climáticas que permitem consideráveis alterações na legislação naquele país, incluindo créditos para contribuintes que adquirirem determinados bens e produtos que sejam menos poluidores para o meio ambiente.

No Brasil, de acordo com o parlamentar, o Programa Rota 2030 define regras para a fabricação de automóveis produzidos e comercializados no Brasil nos próximos 15 anos, para o qual o Governo Federal concede alguns benefícios fiscais específicos ao setor automotivo, visando fomentar a inovação e produção de novas tecnologias com a eficiência energética.

“Portanto, o debate se faz necessário. Assim, no segundo semestre, em Conjunto com a Comissão de Meio Ambiente (CMA), faremos uma rodada de audiências para debater como será possível viabilizar o uso do hidrogênio sustentável como energia no nosso país”, concluiu Confúcio Moura.