Há cerca de dez anos para cá, pouco a pouco, fui criando um rito na vida. O de tomar uma dose de uísque no sábado às 16 h. Em ponto. Na atividade pública, sempre chegava em casa no sábado. Como sempre residi em Ariquemes, Alice e eu, tirávamos este dia para o convívio e cuidar das coisas da gente. Coisas da gente - são pagar contas, conversar, arrumar alguma gaveta, mexer nas plantas do quintal. Foi sempre assim.
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O salto no escuro (uma história da pandemia COVID-19) Capítulo 13
Não posso mentir sobre o meu isolamento social nesta pandemia. Não foi radical. Até que fiquei em casa, quietinho, olhando fixo na janela, vendo a vida rolar na rua. De sexta-feira a segunda fui mais ortodoxo. Alice (esposa) foi radical. Ficou mesmo, como se diz: mofando em casa. Esta sim, reparou detalhes de luzes, gente...
MANTRA
BRASÍLIA, 5 de abril de 2020 MANTRA é a palavra dos monges. Dos meditadores. Que se pode repetir para deixar o pensamento sumir, viajar, perambular, ir e voltar. Relaxar. Tirando de lado o isolamento pelo “corona”, uma prisão domiciliar, aproveita-se o momento para divagar por tempos, mundos vividos e não vividos. Porque tem sim, os...
O relógio
No dia seguinte ao nascimento da minha filha Bárbara, Adhemar de Paula, meu sogro, extremoso em cuidados, saiu à cidade em busca de um relógio de parede, bem grande, que ficasse pendurado na sala e, a cada hora, badalasse bem forte.