SAMD (o hospital invisível)

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Quando assumi o primeiro mandato era imensa a crise da saúde no Estado. O tempo me parecia muito fechado e não tinha rumo certo no curto prazo. E passei a me fazer perguntas e até conversar sozinho em voz alta, querendo que o universo  ouvisse. A falta de leitos nos hospitais públicos era a realidade,  ainda bem que a  criação é fruto da necessidade. Quando a coisa aperta é que mais se força a mente, em busca de soluções. A gente usa bem pouco o potencial do nosso cérebro, o que é uma pena, mas, usei o usei bem. Ainda mais,  quando se encontra  a pessoa certa  para dar forma concreta a seu pensamento, e, este homem extraordinário foi o Dr Leonardo.

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Me veio a luz para criar um hospital invisível  em Porto Velho, imenso, do tamanho da cidade e que o seu endereço fosse simplesmente, Porto Velho. Assim foi criado o SAMD (Serviço Ambulatorial Médico Domiciliar). Ele se destinava aos pacientes de longa internação, os pacientes neurológicos, doenças crônicas, pacientes terminais, a equipe de saúde iria de casa em casa.
O SAMD virou referência de qualidade, serviço humanizado e equipe comprometida. Tudo iniciou com uma sala. Hoje funciona nas instalações da AMI (Assistência Médica intensiva) Zona Sul da cidade. E já está pequeno. Breve deve mudar para um ambiente maior e que acolha bem  as diversas equipes e os estoques de medicamentos e materiais. Atende em média 150 pacientes por dia em regime de internação em suas próprias casas.
O SAMD não cabe num poema porque se coubesse já lhe teria dedicado versos e é muito de filosofia – querer é poder. Ou ainda ele é expressão mais viva da solidariedade entre as pessoas: a equipe de saúde que serve e a pessoa que recebe a atenção. Ele é a entrega em casa de direito à vida.

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