Rondônia: no mar revolto chamado Brasil

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Rondônia: no mar revolto chamado Brasil

Fiquei tão entusiasmado com o Globo Rural do dia 26 passado: – Rondônia é pra peixe.  E assim, poderemos pegar carona nesta mídia espontânea e avançar cada vez mais, sem a cara exclusiva do Governo, mas, com a cara dos trabalhadores e das entidades do Estado. E  de ter confiança no Estado e semearmos as boas práticas que estamos implantando, mas, precisa de mais ousadia, mais crença, mais coragem. Dá para sair na mídia nacional em vários componentes e destas forma atrair, naturalmente, investimentos para o nosso Estado.

A crise é o momento certo para se relançar e reinventar.

No período JK o Brasil viveu plena euforia. O automóvel, filmes, siderurgia, Brasília,  era como se o país tivesse sendo descoberto naquele momento. Logo depois dele  veio Jânio, Jango, o golpe militar e tudo mudou do vinho para água salobra. E o país viveu uma fase triste e que nem é bom lembrar dela. Mas, ela existiu por aqui.

Mesmo no  período militar, em certa fase, novamente surgiu uma onda de  euforia e milagre, com Garrastazu e Geisel, a copa do mundo, era só alegria. Era o Brasil novo. Durou pouco.

Depois Sarney e Color o país retorna ao mesmo marasmo por décadas. Era crise em cima de crise. De todo jeito.  Com Lula, de novo a fase do entusiasmo, como se fosse um JK modificado, entusiasmo com o crescimento temporário acelerado e todo mundo consumindo muito, comprando automóvel, quem sabe, uma fase de ilusão. A seguir, até agora, recomeçou com a Dilma, com a violência das campanhas, a radicalização das compras e a quebra das expectativas, novo desastre, um certo veneno em tudo, e estamos ainda nesta fase, combalido e convalescente.

Mas, o país não morre. É mais uma resseca que irá passar. Tem um custo e iremos pagar juntos. Vem agora, o Temer, com uma belíssima equipe econômica, como de muito não se via, credibilidade, mas, junto com ela a imensa crise política, os escândalos como nunca antes vistos e de imprevisíveis consequência. Aí ficamos, agora, no chamado equilíbrio instável.

No curto prazo, todos nós estamos mortos, no longo prazo todos vivos. O Brasil precisa buscar a sua identidade como pátria, nem ser um Brasil de Mário de Andrade e Darci Ribeiro, o país voltado somente pra dentro de si, nem o sonho do comunismo como solução, nem o capitalismo na sua exclusiva essência. Mas, um país com sua cara própria. A Índia tem sua cara própria. Singapura tem sua cara própria. A Holanda tem sua cara própria. O Chile está se arrumando para ter a sua cara própria. Não poderemos ser papel carbono de uma ocidentalização que não teremos condições de executar e nem de ser. Vocês viram aí, agora, o saída da Inglaterra do modelo de mercado comum europeu. O povo de lá querendo ser, apenas, a velha Inglaterra e a sua história.

Creio que em três a cinco anos, os juros irão cair, a dívida pública ser bem reduzida, o dólar flutuante continuar flutuando, como já está e que se tenha coragem para encarar as dificuldades e promover a reforma da previdência, no todo ou fatiada, a reforma política radical e séria, abrir as fronteiras do país para o comércio mundial, como fez Dom João VI em 1808.

Enquanto Rondônia, esta sim, pode ser o Estado de cara própria. Vamos fazer isto juntos?

 

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