Reinserção de apenados – Fazenda Futuro

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Ao fundo do conjunto de cadeias, em Porto Velho,  que se chama, usualmente, de Penal, há uma fazenda. Que aos poucos vem sendo invadida e transformada em chácaras. Um costume perverso que a cidade tem. Movida a invasões. Um prejuízo imenso, além do lado da insegurança dos presídios.prego Dei o nome a esta área de terra, viva e morta, de Fazenda Futuro. Já fui lá várias vezes, com secretários do Governo, para que cada um possa colocar ali, um pedaço da sua secretaria. Um pedaço de suas vidas. Uma marca para deixar de legado. Eu falo pra você, com a palavra da boca e com o cristalino dos meus olhos, se fosse eu o gerente daquela terra, já teria transformado aquela fazenda num exemplo de integração de muitas utilidades práticas. Para pelo menos produzir comida e usar a mão de obra dos presos. Aquela terra pode ser um exemplo. Mas, infelizmente, a turma olha, entende, vira o olho pra cima, pra baixo e a coisa não anda com a velocidade de um mandato de governo. Creio que gira com a velocidade daqueles cometas, que aparecem nos céus a cada cinquenta anos. Ali pode-se criar vaca leiteira, no estilo moderno, com tudo em cima e produzir muito leite em pouca terra. Dá pra se criar peixes de várias modalidades, tanques escavados e enlonados para pirarucu. Dá para se construir viveiros para castanheiras, milhares e milhares. Hortaliças e legumes, abacaxi, bananal. Criar aves para corte e ovos. Creio que devo procurar um japonês da região Cotia para tocar o serviço. Porque japonês, num fundo de quintal planta e cria a família e educa filhos. Não é extensão de terra que resolve e sim a qualidade técnica do serviço. Eu ainda tenho esperança de que todo este meu sonho se concretize. É como minha avó dizia, tem gente que só funciona como prego na tábua, se bater em cima o prego entra. Se parar de bater o prego para de entrar. 

 

 

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