O tempo avança

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Bem, caros amigos (as), hoje é domingo e estou com uma preguiça danada para escrever qualquer coisa séria. Ainda mais as  minhas domingueiras. Ou dar broncas em quem quer que seja. Ou mesmo elogiar pelos bons feitos. O que desejo neste dia de descanso é justamente – descansar. O corpo e alma, a mente e mão precisam de repousos merecidos e deixar rodar a vida  nas coisas simples. Andar pela rua, sem rumo certo, ir descobrindo motivos para despertar a mente da rotina triste dos dias de semana. E nada é melhor do que o inesperado, ver gente diferente, ver cores das casas, ver jardins floridos,  ver a mulher e cão andando pela rua. Ver o outro lado das coisas que na pressa do dia de trabalho você não se atina a nada.

A rotina aliena e a visão não repara o trivial dos dias. Abrir a janela para o vento. abraçosorrisoidosodesantaluziaHoje, domingo, estou naqueles dias, quem sabe uma TPM masculina ou mesmo a minha natural andropausa e muito mais para filosofia, para querer saber de onde vim e para onde irei. Embora, já saiba de tudo, eu me deixo enganar com as ilusões de soberba, que o bicho homem teima em ser o rei dos animais. Estou aqui, hoje, domingo, sem querer escrever nada e ao tempo que escrevo, quem sabe, não é justamente isto que faço agora, a quebra da minha rotina ou o meu próprio descanso da alma.

E me agarro às fotografias e nada melhor para se ligar o desconfiômetro, do que ver fotos e diante da realidade inexorável delas é que se conclui: – estou ficando velho. Por mais amenidades que se escute como conforto (como – você está tão bem? Fez alguma plástica?). Como disse, o tempo já faz em cada um de nós a sua natural cirurgia plástica, a plástica da insensatez. Mas, deixando de lado estas baboseiras, que as teclas deste computador me ligaram  no automático, dou-lhes graças, meu querido domingo, que me destinou este tempo memorável para escrever sobre o vazio da sua existência (domingo).

Eu fico reparando a grandeza do dia de  domingo, como sendo o dia mais querido de todos os dias. Pensando bem, cumprimento o gênio humano que inventou o nome para os dias da semana e a serventia que cada um deles tem.  O problema maior do homem é a complicação que ele dá a si próprio, a vida e ao tempo. E tem muita gente que diz que o tempo não existe. O universo faz o seu serviço sem preocupar com nada e nem dá nome a nada. O domingo, era o dia que se tinha para escrever as cartas para os amigos e a parentes distantes.  E percebo que é justamente neste dia, que eu me sinto mais humano. 

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