O salto no escuro (uma história da pandemia COVID-19) Capítulo 34

O salto no escuro (uma história da pandemia COVID-19) Capítulo 34

Não  há necessidade de se inventar nada que não seja o verdadeiro, aqui, em nosso país. Porque a cada semana surgem fatos espontâneos que enchem os telejornais e sites. Eu fico por aqui, apenas, aguardando, o que virá na semana, por certo, virão bombas, trovoadas e ventos fortes.

E por menos mal que seja, o senso de audodestruíção da imagem do Brasil, quem os cria e provoca somos nós mesmos. Quando digo “nós mesmos” eu me refiro aos que detém qualquer tipo de poder. Porque para eles, chegam às bocas microfones, câmeras do celulares acendidas, máquinas fotográficas com lentes que fazem o que está longe, ficar bem  pertinho.

“Esta semana (que se iniciou dia 9 de novembro) saiu como uma “bomba” a morte de um “voluntário”, que vinha sendo  testada, com a vacina pelo Instituto Butantan. A conhecida  como “CORONAVAC”. A vacina em teste é desenvolvida pela farmacêutica chinesa SINOVAC. E por ser chinesa ja vinha sendo atacada, como, tudo que é chinês , para alguns mal informado, pobre e invejoso, que seja, de antemão, ruim.

Um ataque preconceituoso a um país que abastece o mundo, com quase tudo, principalmente,  aqui no Brasil, as suas lojinhas de roupas, brinquedos, produtos de informática e muito mais. Viram todos vocês o sufoco, para quase todo mundo, por máscaras, respiradores, EPIs (equipamentos para proteção e segurança das pessoas)., nesta pandemia?

Tudo bem, o assunto é outro. ANVISA  determinou a suspensão dos testes pelo Butantan. Vem vindo a confrontação entre Governo Federal e o de São Paulo, um querendo que o outro se arrebente e de que nada possa dar certo com a vacina em referência, Os testes foram suspensos. O judiciário já foi acionado. A imprensa tem mostrado os fatos, como eles são. Os congressistas pedem explicações a ANVISA.

O que nos salta aos olhos, é que a morte do “voluntário”foi em decorrência de suicídio (SIC).  Alta patente, a maior do nosso Governo solta rojões de certa felicidade, pelo suposto fracasso da vacina de laboratório chinês. Creio que há um sistema de vasos comunicantes entre Brasil e Estados Unidos (seus governos atuais) a difamarem a China.

Até que briga entre os dois gigantes, ruim para o mundo inteiro, não se deveria se meter a dedo neste tacho de doce quente. Porque para o Brasil a China é um grande parceiro comercial, compra tudo que produzimos e ainda quer mais.

A nossa Comissão COVID-19, que acompanha todos os caminhos do vírus no Brasil, convocou uma reunião extraordinária para o dia 11 de novembro de 2020.  Para deliberar sobre requerimentos e a urgência que o caso requer, para que venham a ANVISA e o BUTANTAN  se explicarem convenientemente a todos nós. Politizar uma vacina em fase adiantada de pesquisa e ainda mais por Instituto de comprovada capacidade científica  (o Butantan), tem a mesma força da incompreensão, de o pai, falar mal do próprio filho.

O mundo quer a vacina. O Brasil precisa da vacina. De onde ela vier, queremos a vacina, segura, barata, rápida (para ontem) para nos tirar deste mundo de aflição, medo, morte e todo universo de desgraças que o coronavírus tem nos criado.

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