MEUS MORTOS, MEUS AMORES

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Hoje é dia de finados, dos nossos mortos, amigos e parentes, que já passaram pela vida e  integram agora lugares em nossas lembranças, em nossas saudades, em nossas vidas e a gente fica triste, quando diante da sepultura, conversamos com eles ou mesmo de longe, a gente conversa e sente a suas presenças inesquecíveis. finadosE tem hora, que vem cada pensamento em nossas cabeças, que chegamos a indagar, se de fato existimos de verdade. Porque tudo é tão rápido, uma passagem tão ligeira, que mais parece um relâmpago que corta o céu num dia chuvoso.

 

Hoje como amanhã, como em qualquer dia, é sempre importante refletir sobre a nossa existência. E ver de perto, principalmente, dentro de um cemitério, que ali, todo mundo é igual. A morte iguala a todos. Não tem rico, não tem pobre, não tem bonito, não tem feio – são lembranças, são fotografias que devem nos inspirar a sermos cada vez mais humanos e ter sempre na cabeça, que somos passageiros.

Por outro lado, tem hora que penso que nunca morremos. Estas e tantas outras reflexões que faz indagar sobre a  brevidade da vida. Porque do outro lado, tem a humanidade que continua, tem a genética que passa através das gerações. Quantos de nós tem sangue de índio, de negro, do branco, do mestiço, significando que temos dentro de nós muitos seres humanos, que permanecem vivos dentro de cada um. 

Mas, hoje é dia de chorar,  sim. Dia de ver os álbuns, sim. É dia rezar ou orar, sim. Mas, também, um dia para ficarmos animados por estarmos ainda vivos e sermos pedaços   daqueles que estão mortos. Aqui, estou para acender velas fulgurantes, a todos os meus mortos, aos seus mortos, aos nossos mortos.

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