ESCOLAS, NECESSIDADES E REALIDADES

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A lei é o meu limite. 

No entanto, para prevenir e anteceder o “apagão” de professores, que tenho insistentemente falado, há necessidade de alternativas.  Uma delas é a mediação tecnológica. Aulas pelo computador. Educação a distância. Outra, contratar “oficineiros”, como por exemplo, um professor de capoeira, para alunos no extraturno, nas escolas integrais. Mas, como contratá-lo?

Como?dúvida

Um artesão, um piloto de barco para escolas da beira do rio. Um vaqueiro para Abaitará. Um “mateiro” para proteger a reserva de uma escola. E a viola vai cantando em cima das necessidades especiais.  Novos caminhos devem se abrir. Um deles é a contratação de OSCIP, OSS, Associação, ONGs, empresas privadas, Parcerias Públicos e Comunitárias. Nós teremos de abrir a cabeça para novos caminhos. Senão tudo empaca. 

Por exemplo, sem professor de matemática em Nazaré. Como fica? E outros. É longe. Rio cheio. Um professor de Porto Velho vai, fica dois ou três meses. Retorna. Não tem alojamento. Estas coisas de primeira necessidade. Tem alguns professores por lá, beradeiros, que se oferecem. E aí? o que faço?

Tenho que suprir a vaga. O aluno não pode passar o ano inteiro sem a aula. Quando fiz o curso ginasial, hoje, fundamental, eu tive o professor Osvaldo Póvoa de Inglês e Matemática. Ele era auditor fiscal. E como era bom professor!  Várias freiras davam aulas, sem cursos específicos. O Carlos Alberto Wolney nem sei se tinha curso superior, dava aula de educação física, língua portuguesa e literatura. Camarada fino, escritor e poeta. Uma maravilha. Muito do que sei hoje aprendi com eles. 

Tive professor de ensino médio no Colégio Universitário, dentro da Universidade Federal de Goiás, um terceirão puxado,  como  Carlos Inácio de Paula, Tobias José Ribeiro (hoje médicos famosos) nem tinham terminado ainda o curso de medicina. Eram alunos do sexto ano.  E eu passei sem “cursinho” no vestibular de medicina em Goiás. E engenharia na UNB (Brasília). 

Tá vendo aí?

Como era há 50 anos atrás? As coisas eram mais fáceis e funcionavam.  Tem lei constitucional, outra inconstitucional, falam de poder concorrente do Estado. Nem sei o que é isto! Nada pode prejudicar o aluno. Estou precisando de apoio e de ajuda para que se possa avançar na qualidade da educação, mesmo que seja do nosso jeito beradeiro de ser. 

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