O senador Confúcio Moura (MDB-RO) fez um alerta sério nesta segunda-feira (18) sobre o avanço do tabagismo e do uso de cigarros eletrônicos entre os jovens no Brasil. Em tom pessoal e firme, ele disse que fala como médico, pai, avô e servidor público preocupado com a saúde da juventude e o futuro do país.
“Eu estou falando do futuro da nossa juventude, da saúde dos brasileiros. A situação é grave e precisa de atenção”, afirmou.
Confúcio lembrou que o Brasil foi exemplo no combate ao cigarro por muitos anos, com campanhas e políticas públicas que deram resultado, sendo reconhecido no mundo todo. Mas ele alertou que esse progresso está em risco. “O trabalho foi lindo, respeitado internacionalmente. Mas agora os números estão voltando a crescer”, lamentou.
Segundo o senador, houve um aumento de quase 25% no número de fumantes em apenas um ano, e a maior parte desse crescimento é entre os jovens. Ele reforçou que esse retrocesso é preocupante não só para a saúde da população, mas também para os custos do Sistema Único de Saúde (SUS), que já gasta muito com doenças ligadas ao tabaco.
Para tentar conter esse avanço, Confúcio propôs uma série de medidas. Entre elas, está a inclusão obrigatória de educação sobre os riscos do cigarro e dos vapes nas escolas, a partir do sexto ano do ensino fundamental. Ele defende que o tema seja tratado com clareza, desde cedo, de forma contínua e sem tabus.
Outra proposta é responsabilizar plataformas digitais que vendem produtos de nicotina. “Marketplaces, e-commerces e apps de entrega devem comprovar a origem dos produtos e impedir que esses itens continuem sendo vendidos de forma indiscriminada pela internet”, cobrou.
Confúcio também elogiou a decisão da Anvisa de manter proibidos os cigarros eletrônicos no Brasil e criticou a facilidade com que esses produtos são comprados online, muitas vezes por adolescentes.
“O cigarro eletrônico virou moda, mas é uma moda destrutiva. Os pais precisam ficar atentos. O que hoje parece inofensivo, amanhã pode virar um problema grave de saúde”, alertou o senador.
Ele concluiu sua fala com um aviso direto: se nada for feito agora, o país vai pagar caro no futuro. “O dia em que um familiar seu depender de oxigênio para conseguir dormir será o lembrete de que deveríamos ter agido antes”, finalizou.
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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