Comissão de Esporte aprova projeto de Confúcio Moura que declara Robson Sampaio Patrono do Paradesporto Brasileiro

Comissão de Esporte aprova projeto de Confúcio Moura que declara Robson Sampaio Patrono do Paradesporto Brasileiro

Além de promover justiça, as datas comemorativas servem para rememorar as lutas travadas pelas pessoas que defendem causas que impactam parcelas grandes da população, avalia o senador

 A Comissão de Esporte (Cesp) do Senado aprovou na terça-feira (12) o relatório favorável da senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) ao Projeto de Lei n° 4150 de 2023, de autoria do senador Confúcio Moura (MDB-RO), que declara Robson Sampaio de Almeida Patrono do Paradesporto Brasileiro. A proposição em caráter terminativo, aprovada por unanimidade pelo colegiado, segue para a Câmara dos Deputados.

Na justificativa, a relatora afirmou que é inegável o legado de Robson Sampaio para o segmento de atuação, qual seja, o paradesporto brasileiro. “Se o Brasil é hoje considerado uma das grandes potências do paradesporto, a trajetória dele merece ser sempre lembrada e exaltada. Robson Sampaio de Almeida foi, sem dúvidas, um dos responsáveis pelo desenvolvimento dessa prática em nosso País”, disse Gabrilli.

De acordo com o autor do projeto, senador Confúcio Moura, a homenagem a uma personalidade se torna importante não apenas para fazer justiça e eternizar a atuação de um cidadão em uma área ou atividade, mas, também, para que ocorra uma duradoura conscientização, gerada pela associação popular de seu nome com a causa defendida por ele.

Confúcio Moura ressaltou que a apresentação do nome de Robson Sampaio como Patrono do Paradesporto Brasileiro, expressa contribuição à causa, por ser um merecedor da honraria. “Ele é reconhecidamente pioneiro do esporte adaptado no Brasil, pois fundou no Rio de Janeiro, em 1957, o Clube de Otimismo, consolidado como o primeiro movimento nacional organizado para prática desportiva por pessoas com deficiência” explicou.

O parlamentar rondoniense enfatizou que pelas suas próprias particularidades, ocorre ainda uma marginalização cultural do paradesportista. “Então, para fins de conscientização quanto à importância da prática de atividades físicas por pessoas com deficiência, não tem sido suficiente que as ações estejam englobadas nas estratégias do esporte em geral. A data comemorativa proposta por nós é o fato que vai internalizar isso no imaginário da sociedade”, disse o senador.

Confúcio Moura lembrou que o fato de o Brasil se destacar, nos últimos anos, nas principais competições paraolímpicas, se deve à perseverança de Robson, que possibilitou que essa história fosse trilhada.

 

Em tempo

 

O alagoano Robson Sampaio ficou paraplégico nos Estados Unidos, no fim da década de 1960, após sofrer um acidente de trabalho numa fábrica de papel. Robson foi atingido nas pernas e espinha dorsal por um grande rolo do material que carregava em uma empilhadeira. Robson Sampaio de Almeida foi o primeiro medalhista paralímpico brasileiro e faleceu em 11 de janeiro de 1987, no Rio de Janeiro.

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