CAROS AMIGOS – VAMOS AGIR

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Há tempos que o Brasil tem  verdadeiros cemitérios de obras inacabadas.  Beni Veras (Ceará) quando foi Senador da República correu o Brasil inteiro e produziu 5 volumes de livros, narrando detalhes das obas inacabadas. São verdadeiras fortunas de recursos públicos que foram investidos e não deram retorno social nenhum.  Muito bem feito o trabalho dele.nãodesista

No tempo do Beni Veras, as obras eram denunciadas nos discursos, nos livros e encaminhadas aos órgãos de controles. Não se tinham respostas públicas dos resultados delas. Hoje, em dia, a coisa arrochou. E vem surgindo um fator novo. O medo de agir. Muitas vezes, o administrador público por medo de agir, devolve o dinheiro ao Estado ou ao Governo Federal com medo de fazer a obra. E isto é verdadeiro. Tem dois prefeitos de Rondônia, hoje, que mesmo se oferecendo recurso de convênio, eles não querem. Um deles me falou: – você é doido? você quer me enrolar, me mandar convênio para depois eu ficar a vida toda respondendo a processo? É melhor eu pagar a folha de salário, tapar um buraco aqui e ali e só fazer aquilo que sobrar da minha prefeitura.

O medo de agir, dará um prejuízo ao país enorme, com este pânico que assola a todos. Nada é mais fiscalizado do que as obras da Caixa Econômica Federal. Também as aplicações de recursos do BNDES, o gestor arruma o terreno, faz o projeto (os projetos no Brasil sempre são falhos), arruma um monte de licenças,  faz o procedimento licitatório, envia tudo para o Rio de Janeiro, fica lá sob análise até 6 meses, tudo pronto para dar ordem de serviço, enquanto a equipe técnica do Banco não checa tudo, não vem a ordem para iniciar o serviço. Chega a desmoralizar o Governo com tanta demora. Depois de tudo ainda vem as denúncias de todo lado, de adversários políticos, do povo em geral, das empresas perdedoras das concorrências, dos sindicatos, até das almas, e fica difícil terminar uma obra no Brasil dentro do prazo. 

Você quer um exemplo: faz dois anos e dois meses que o Governo não recebe nenhum tostão de obras do PROINVESTE, BNDES, administrado pelo Banco do Brasil, e as nossas empresas não concluíram as obras porque não receberam as suas medições. É uma burocracia do tamanho de um Everest. É coisa de doido trabalhar com estes recursos. Tem hora que me dá vontade de mandar estes caras enfiar este dinheiro…..Mas, o que mais tenho de bom na vida  é a PACIÊNCIA. Sou campeão de engolimento de sapo. 

Ah! Se o Estado pudesse fazer tudo por administração direta? Seria o ideal. Usar a força do servidor público para fazer rodovias, prédios, enfim, tudo.  Seria muito bom, porque seriam dispensados impostos, o lucro da empresa e tudo sairia pela metade do preço. Eu estou fazendo o que posso neste sentido, mas, não temos “pernas” para fazer grandes obras. A maior empresa rodoviária do Estado hoje é o DER, que tem mais de 500 máquinas rodoviárias.  Mas, meu caros amigos, que feliz ou infelizmente, aceitaram o imenso desafio e sacrificio de serem secretários de Estado, diretores, enfim gestores públicos, que assinam processos – façam o seguinte:

– Amanheça o dia, dobre os joelhos no piso do seu quarto, eleve as mãos aos céus e reze, e diga;  – meu Poderoso Deus, proteja-me por mais este dia, que todas as minhas ações sejam iluminadas pelos seus olhos, que minha assinatura seja a chancela absoluta da verdade e da honestidade, que não me venha “cama de gato”, que o Satanás seja afastado de mim e que cada processo que eu assine fale por si sozinho, como algo do bem e que sirva a todos”. E reze muito meu irmão, mesmo assim, com tanta devoção, você ainda pode pecar por pensamentos, palavras e omissões. 

E saia de cabeça erguida, meu caro amigo. De cabeça erguida e não tenha medo de fazer a obra de que o povo necessita,  o presídio,  o hospital,  a escola,  a estrada,  a ponte. Que o processo seja claro para em qualquer tempo lhe seja o instrumento de defesa. E vamos agir. Porque o povo precisa do Hospital e das obras. E que até constrangimentos, o meu caro amigo, possa ter, como muitos neste país têm sofrido, e nós também, mas, que o tempo, se der tempo, se couber no tempo, se vida tivermos, dirá, bem mais tarde, depois de padecimentos, que você é inocente e honesto. Que assim seja. E vamos trabalhar.

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