Brasil: não é querer ser, mas fazer ser

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Brasil: não é querer ser, mas fazer ser
O Brasil precisa de  dinheiro para investimento. Ter reserva. Ter poupança. Investimento significa dinheiro para obras, que geram trabalho, movimento, riqueza, crescimento. São as grandes ferrovias, duplicação de rodovias, transporte público de massa. Como se pode fazer isto tudo sem dinheiro e sem reservas? O povo trabalha e produz, mas sofre tanto para tirar a produção da roça e mais difícil é exportar. 
Agora, o Brasil gasta tudo que arrecada com pagamentos de pessoal, diárias, viagens, gastos, ar condicionado, carros, dois meses de férias para alguns. A tudo isto se chama custeio. Em outras palavras, despesas. As despesas são ralos em nosso tambor. Nenhum poder quer reduzir despesas. Ninguém quer nenhum sacrifício. Todo mundo quer aposentar novo. Mesmo não contribuindo.
O país vai ficando desbalanceado. Como caminhão com o pino centro quebrado. O que fazer? Parar com concursos públicos. Terceirizar serviços meios. Acabar com estabilidade no emprego público. Entregar gestão de teatros, hospitais para organizações sociais. Até mesmo escolas, de maneira progressiva. Credenciar serviços de terceiros, especializados para licenciamentos e auditorias. Gestão privada por concessão para unidades de conservação. Rever cláusulas pétreas da Constituição. E ajustar os direitos à realidade financeira do Estado. Os presidiários trabalharem para pagamento de suas despesas nas cadeias. Rever a gratuidade do ensino universitário nas universidades consideradas públicas.
Paulo RABELO De Castro, do BNDES, disse em Campo Grande,  dia 4 de agosto passado, a seguinte frase: “tornemos pétreas as despesas e empedrados os investimentos”.  E continuou “não podemos ficar pagando as mordomias do custeio brasileiro às custas do que seria para Investimento”.
E o segredo de tudo vem da verdadeira vontade de ver nosso país se acertar. Com suas contas e consigo mesmo. Querer arrumar a casa para viver melhor. Do jeito que está, com este pensamento divergente, entre o querer e o não fazer, não chegaremos a lugar nenhum. Tiririca disse que vai sair da política porque o Congresso não mudará.
As reformas são necessárias. Reduzir despesa é necessário. Ter pelo menos 20% do orçamento para investimento é necessário. E fazer um esforço danado para segurar as contas. Mas, para isto será preciso um pacto político de alto nível. Ou se faz este acordo de alto nível políticamente ou virá o caos. O caos representa a guerra, a morte e destruição como já está existindo por aqui.
A guerra destrói. O povo se unirá depois da destruição, com bombas ou sem bombas. Qual é melhor, ajustar o país pelo entendimento ou pelo caos?
Estamos aí a véspera de uma eleição presidencial e não temos um
líder verdadeiro capaz de nos guiar para um rumo certo. Desentravar o Brasil, sendo o país mais fechado do mundo, um dos mais difíceis de trabalhar, de comprar e de vender . No comércio exterior somos insignificantes. E os nossos indicadores são as piores do mundo.
O Brasil sobrevive segurando no galho do rio onde os afogados se agarram. E ninguém consegue construir um País deste jeito. Cheio de ilusões e complexos de Europa e de Miami. Temos que sair desta armadilha de classe média. Nós não seremos Europa e nem Miami praticando estes maus exemplos de sempre.

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