Os mais velhos dizem sempre: no meu tempo a escola tinha moral. Professor tinha respeito. Tudo bem, eu concordo, anos 50, 60, 70 os conceitos eram outros. Maioria das famíias ainda vivia na zona rural. As grandes famílias, poucos tinham geladeiras, televisores e bens de consumo. A alimentação era natural, quase tudo era feito em casa. A presença dos tios, dos avós por perto. Era tudo assim. Os meninos tinham medo de apanhar. Porque os pais batiam mesmo. E os professores pregavam princípios rígidos. 
Tudo mudou. Agora, a coisa é diferente. O Brasil é urbano. A desigualdade é gritante. A notícia acessível e a toda hora. O espetáculo dos programas policiais. O menino é solto, a mãe trabalha e o pai também. A famíia diminuiu, tios moram longe, avós também. Veio a TV com fartura de programas. A droga solta. O celular e os aparelhos de ouvidos para música. O videogame e um mundo admirável de oferta de diversões. A Internet e por aí vai. Tem jeito sim de mudar. E o momento é agora.
O menino não tem paciência para ficar quieto para uma aula de 60 minutos. Deste tempo só consegue aproveitar 10 minutos do que o professor diz. A indisciplina na sala é a tônica. O professor perde maior parte do tempo para segurar o menino quieto. As brigas e as ameaças. A depredação do patrimônio escolar. E uma coisa puxa a outra. E no Brasil não se ensina e não se aprende. Somente, aqueles jovens que por natureza, querem aprender. Por isso, que digo sempre, a função da escola, de hoje, é a de ensinar justamente aquele que não quer aprender. A sala de aula deve ser reinventada para que satisfaça o novo desejo de consumo dos alunos. Porque tudo mudou. E a velha aula não tem mais sentido. E cada escola é que se recrie, ou pobre Brasil, sem experanças para o seu futuro. Sem educação de qualidade – nada feito.
só criatividade não garante sucesso. é preciso disciplina e experimentação.
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