O senador Confúcio Moura (MDB-RO) se reuniu nesta quarta-feira (27) com as direções do Grupo Energisa e do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (DNIT) para acelerar as obras de remanejamento de postes e redes elétricas na BR-364. A antecipação desses serviços é fundamental para evitar atrasos na revitalização e duplicação da rodovia.
A reunião, realizada na sede da Energisa em Porto Velho, foi decisiva: o presidente da Energisa, André Theobald, comprometeu-se a enviar uma carta de intenção ao diretor regional do DNIT, André dos Santos, detalhando os requisitos legais para execução das obras. Segundo ele, a estimativa de custo será apresentada “no menor prazo possível”.
O senador Confúcio acompanhou atentamente as discussões e destacou a importância de um planejamento financeiro bem fundamentado. “Gostei da reunião. Agora, é uma questão técnica: garantir que os pagamentos sejam realizados em dia”, pontuou.
Desafios técnicos e financeiros
Um dos principais desafios apontados é a presença de áreas encharcadas próximas aos acostamentos, que dificultam a manutenção das redes elétricas. Para isso, Energisa e DNIT estudam a instalação de estruturas de proteção nas faixas de domínio da rodovia.

O aspecto financeiro também foi debatido. O diretor do DNIT, André dos Santos, ressaltou que, por norma, o órgão só realiza pagamentos após a conclusão das obras, não sendo possível fazer adiantamentos. Isso impacta diretamente a execução dos serviços, especialmente no caso das redes de alta tensão, que demandam investimentos elevados, como nos trechos de Ji-Paraná e Vilhena.
A cidade de Vilhena, localizada na divisa com Mato Grosso, será um dos focos do levantamento topográfico para verificar possíveis alagações ou erosões no entorno da rodovia. O DNIT também enfrenta desafios com redes elétricas antigas, instaladas há mais de três décadas, que precisam ser regularizadas para atender às normativas atuais da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Soluções e compromissos
Theobald reforçou que tanto a Energisa quanto o DNIT têm um compromisso único: impulsionar o desenvolvimento de Rondônia. “Vamos superar os desafios e agir com bom senso. Mas, antes, precisamos ter clareza sobre cada detalhe técnico e estrutural para evitar imprevistos”, afirmou.
Conforme a gerência jurídica da Energisa, a substituição de um único poste pode demandar a realocação de até dez quilômetros de fiação, tornando o processo complexo e oneroso. Além disso, fornecedores de equipamentos essenciais podem levar até 450 dias para atender às demandas.
A Energisa avalia a possibilidade de substituir as redes sem precisar desligá-las, garantindo maior eficiência no processo. Em outros estados, o órgão já trabalha com essa estratégia para minimizar impactos e otimizar os prazos.
Theobald esclareceu que a Energisa não tem ganhos financeiros com essas obras e que, em alguns casos, até devolve recursos ao cliente quando há redução de custos. “A Energisa entende que o prazo de pagamento começa a contar a partir da conclusão da obra. Somos fiscalizados e estamos comprometidos em cumprir cada etapa sem atrasos”, concluiu.
O alinhamento entre os órgãos é essencial para que a revitalização da BR-364 ocorra dentro do cronograma, garantindo mais segurança e infraestrutura para todos os usuários da rodovia.
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