Confúcio faz duras críticas a forma como são tratadas as áreas de livre comércio na Amazônia

Confúcio faz duras críticas a forma como são tratadas as áreas de livre comércio na Amazônia

Para o parlamentar, ser município de fronteira no Brasil é conviver com os limites impostos pela falta de apoio federal

Em pronunciamento na segunda-feira (8) o senador Confúcio Moura (MDB-RO) cobrou medidas para o desenvolvimento econômico da Amazônia e disse que é preciso agir de forma efetiva em favor da região, que ainda registra péssimos indicadores sociais. O parlamentar criticou, entre outras coisas, as áreas de livre comércio, como a de Guajará-Mirim, que, para ele, ainda carecem de quase tudo.

O parlamentar rondoniense, que é médico de formação, ressaltou que o seu discurso é mais que um simples desabafo sobre os problemas da região. Ele, que chegou a Rondônia na década de 1970 para exercer a medicina, lembrou que conhece bem a região e não vê, no curto prazo, soluções práticas para o desenvolvimento da Amazônia.

De acordo com o senador, no passado foram criadas áreas de livre comércio. Segundo ele, nas suas criações, nos anos 60, as áreas de livre comércio tinham o objetivo de ser um território circunscrito em que se estabeleceu algum de incentivo para desenvolver aquela região marginal, pobre. “Com o tempo, foi-se tirando tudo o que havia de atrativos e as cidades fronteiriças ficaram deprimidas e sem nenhum dinamismo econômico, sem nenhuma perspectiva”, lamentou o senador.

Segundo o parlamentar, em Rondônia o município de Guajará-Mirim está numas dessas áreas de livre comércio e que infelizmente não se desenvolveu e não oferece nada que pode atrair o turismo de compras, principalmente. “No Acre, tem. No Amapá também. Em Macapá, tem outra. Em Tabatinga, tem outra. E assim vai. São áreas que nem os processos alfandegários estão conclusos, por mais que a criação do Mercosul tenha facilitado. Falta gente, faltam equipamentos, faltam ordenamento jurídico. Precisamos produzir atrativos para seduzir empresas, para negócios, para turismo, para compras facilitadas, incentivadas. Se não fizermos isso, ser município de fronteira é penoso para quem mora neles.”, concluiu Confúcio Moura.

 

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

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