Senador Confúcio Moura defende que o ensino médio no Brasil seja profissionalizante

Senador Confúcio Moura defende que o ensino médio no Brasil seja profissionalizante

Parlamentar também prega a federalização do professor como uma forma de melhorar a qualidade da educação como um todo e não penalizar os jovens dos pequenos municípios

O senador Confúcio Moura (MDB-RO) afirmou, em pronunciamento no Plenário do Senado, nessa terça-feira, 28, ser a favor da profissionalização do ensino médio. Segundo ele, o ensino profissionalizante abre as portas do mercado de trabalho para milhares de jovens no país. O parlamentar acredita que o programa é fundamental, pois abre portas a milhares de adolescentes, o que tem impacto na vida dos mais pobres.

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

De acordo com o senador, um bom técnico, em qualquer canto do Brasil, seja na área de tecnologia, saúde, no agro, nas mais diversas áreas profissionais, ao sair do curso, é muito disputado e não ficará sem emprego. Para o senador, há uma grande procura pelo técnico habilidoso e pela mão de obra qualificada. “Ao sair formado, a pessoa já começa a ganhar de três a cinco mil reais e já vai se manter, não mais depender dos pais, justamente para ir viver a vida de jovem.  Lá na frente, ele pode fazer o curso superior, se ele assim desejar, escolher qual o curso superior que ele queira fazer”, enfatizou.

O senador lamentou que hoje muita gente faz apenas o ensino fundamental e depois ficam perdidos. Confúcio lembrou que as estatísticas mostram que grande parte dos jovens adultos brasileiros estão vivendo na casa do pai e da mãe. Para ele, é fundamental a política de profissionalização do ensino médio no País.

Confúcio Moura enfatizou que é necessário que se decida logo como será o futuro do ensino médio brasileiro. “Temos que concluir esse debate, se esse novo ensino médio, que é de 2016, 2017, precisa de ajuste. Eu acho que precisa mesmo. Seja como for, há uma necessidade desse chamamento, da incorporação de nossa juventude nos cursos profissionalizantes”, conclamou o senador.

O senador disse ser de extrema importância que a classe política do país tome uma atitude definitiva em defesa da educação. “Eu fui para Rondônia nesse fim de semana, estava na roça. Conversando com um agricultor, ele falou, do alto da sua sabedoria:Olha, lá na nossa Escola Polo Rural, tem uns meninos que estão fazendo a 7ª série e não sabem ler. Se der para ele ler alguma coisa, ele não consegue, gagueja, gagueja. Quando ele consegue ler um trechinho, um parágrafo, não entendeu nada do que leu’. E isto é um fato!”, lamentou Confúcio Moura.

Confúcio Moura afirmou que é o país precisa, de fato, de um grande articulador nacional, de um grande andarilho pelo Brasil afora, peregrinando com prefeitos, governadores, no sentido de que, realmente, coloquem a educação como prioridade. “A educação é o fundamento da prosperidade, é o fundamento do crescimento econômico e a base para a justiça social e a igualdade entre as pessoas”, disse.

Federalização do Professor

Continuando o seu pronunciamento, o senador Confúcio Moura se disse a favor da federalização do professor. Segundo ele, nos municípios pequenos onde o Ideb é baixo, onde não tem professor, onde a prefeitura não tem dinheiro, é preciso começar o processo. “Precisamos ir federalizando esses municípios pequenininhos. Começa com 50, com 100, com 200 e vai aumentando devagarzinho. Daí a pouco, a coisa vai vindo de baixo para cima e teremos a melhoria da qualidade da educação”, disse.

Confúcio Moura afirmou que hoje os melhores desempenhos em educação básica no Brasil estão nos estados mais pobres. Segundo ele, o Piauí, por exemplo, desenvolveu muito e educação nas cidades do interior. “É extraordinário! Então, avance para a Paraíba; é o segundo estado em qualidade do ensino médio e de educação integral. Vá a Pernambuco; é o estado que desponta no Brasil como uma referência”, lembrou.

O senador disse que há solução e que para melhorar a situação do Brasil só com o avanço da educação. “Dá para a gente experimentar o desenvolvimento econômico. Se a gente tivesse feito isso há 40 anos, o que seria o Brasil hoje? Seria uma Coreia. Mas cadê? É um faz e desfaz, um faz e desfaz sem parar! Eu digo que o Brasil é muito rico. Rico porque desperdiça demais e não quebra. Essas são minhas palavras, Sr. Presidente, são palavras provocativas, provocativas para todos os municípios e para os brasileiros que pensam o Brasil para o futuro”, concluiu o senador.

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