Todo dia sai no noticiário, o novo mapa do Brasil. Eu já escrevi o capítulo XV desta série sobre esse caleidoscópio. As cores são as mesmas, branco ou cinza claro, azul escuro, amarelo e vermelho. Cada cor com sua dor.
O que não encanta e nem alegra é que as cores mudam a cada dia. A mudança de cor significa mais ou menos mortes. Mais ou menos infectados. Nenhum Estado pode cantar de galo que verdadeiramente segurou o corona no cabresto. O bicho é ligeiro e treteiro.
Os ônibus estão cheios. Os passageiros sentados e em pé. Colados uns nos outros. Tem gente que usa a máscara no queixo. Nas ruas, a maioria mascarados. As festas de final de semana continuam. As feiras entulhadas de gente. Parece que ninguém vive uma crise tão intensa.
Muitas lojas fechadas. Placas de “alugam-se”. As academias de ginástica com poucos alunos. Os salões de beleza estão se ajustando. Os artistas criando “lives”. Estão se virando. O que nos tranquiliza ou incomoda é não saber de nada quanto ao futuro. Vamos deixar esse tema de futuro para Deus, ou para o próprio destino.
Assim como veio o coronavírus, o homem saberá se conduzir com ele e sem ele. Por certo ele veio com a cara e as consequências de uma guerra. E depois das guerras, por cima dos cadáveres, o homem consegue se refundar. Ou se redescobrir.
Manaus se alegrou no primeiro tento, acalmou-se. Recente, no mês de agosto, aparece em azul forte. Agravou-se.
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