O vice-presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), senador Flavio Arns (Rede-PR), confirmou para o dia 7 de maio a audiência pública com o novo ministro da Educação, o economista Abraham Weintraub. Ele assumiu o comando da pasta no dia 8 de abril, nomeado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, logo após a demissão de Ricardo Vélez Rodríguez.
Durante a reunião desta terça-feira (23), o senador Confúcio Moura (MDB-RO) afirmou que a CE pode abandonar a “postura diplomática” com que, a seu ver, tem lidado com os problemas relacionados ao Ministério da Educação. Para ele, esta postura permitiu a presença de um ministro “de absoluta inoperância” nos primeiros meses do governo Bolsonaro, numa referência a Vélez Rodríguez.
— Ele não convenceu absolutamente nenhum setor da sociedade, dentro ou fora do ambiente acadêmico e educacional. Quando veio ao Senado e à Câmara, não anunciou nenhuma meta em relação a qualquer área de sua pasta, não abordou nenhum objetivo relacionado à gestão. E nós ficamos assistindo a isto, permitindo. O novo ministro realmente precisa vir a esta comissão e deixar claro quais são suas estratégias para que o Brasil deixe de ser o país com piores desempenhos educacionais (…) na America Latina. Ele tem que vir e abordar quais são seus planos de expansão do ensino superior, para evitar a evasão escolar no ensino médio e etc — declarou.
A senadora Leila Barros (PSB-DF) também admitiu sua “angústia” em relação ao que presenciou durante a gestão de Vélez Rodríguez, num quadro que definiu como “preocupante para o futuro da educação”. Ela disse que um dos focos da discussão com o novo ministro deve se dar na definição de políticas contínuas de formação de professores.
Flávio Arns também afirmou que a CE precisa dizer um “basta” e cobrar mais “atitudes” dos gestores. Para o senador, o ministro da Educação deve se deter “no que é relevante para o setor”. Para o senador, é urgente o aprofundamento das discussões à cerca de um novo Fundo de Desenvolvimento para a Educação Básica (Fundeb), pois o atual só valerá até 2019. Arns defendeu a instituição de um Fundeb permanente.
Fonte: Agência Senado
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