As feiras agropecuárias em Rondônia estão passando por um momento de alerta. Em muitas cidades, os parques tem excelente infraestrutura Grandes áreas pavimentadas, galpões, baias, salões de festa. Arenas para o shows de montarias. O grande problema: as festas são curtas, de 3 a 7 dias. Restante do ano, parques fechados, sem serventia nenhuma.
Anos atrás, havia uma competição entre os municípios. Os fazendeiros e produtores, lojas agropecuárias investiam pra valer. Prefeituras e Estado também. E os parques ficaram lindos. Os fazendeiros foram envelhecendo (os que gostavam das festas) e as novas gerações não têm o mesmo entusiasmo. Porque uma feira exige muito trabalho e dedicação exclusiva. E não tem salário nenhum. Tudo por amor a causa.
As feiras não são mais como antigamente, salvo, raras exceções. E o que fazer destes espaços fantásticos durante os 350 dias restantes?
Creio que chegou a hora da transformação. O chamado “projeto desfazer” do modelo tradicional. Os parques serem locais de eventos ano inteiro. Centros permanentes para treinamentos. Formação de mão-de-obra especializada para agricultura e pecuária. Dias de campo nelas. Cessão dos espaços para eventos públicos. Terceirizar serviços. Colocar a criatividade em ação.
Os parques tem moral. São bonitos. São patrimônios valiosos. Terrenos caros. Construções ótimas. O parque pode ter de tudo. Inclusive, academias de ginástica, aulas de montarias. Preparação de peões. Consultorias para recuperação de pastagens. Sobre a soja. Sobre o milho. Sobre algodão. Sobre agricultura familiar. Elas podem mudar o perfil econômico das cidades.
As feiras podem incutir na mudança das identidades das cidades. As grandes festas religiosas. Parcerias com as faculdades, universidades e institutos federais. O parque é grande. Eles cabem ideias. Cabem insigths. Cabem sonhos. Só não cabe o ócio.
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