POEMA (INCERTEZA)

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POEMA (INCERTEZA)

26 de dezembro de 2003

Vontade muda como a nuvem.
Quero um queijo.
A  minguante.
Um beijo
Melhor jogar.

Construir sua aventura.
Ao menos se ilude que se pode ganhar.
Avanço na lua
Que não é minha e nem sua

Uma força me diz – vá em frente!
Outra voz, que pare.
Eu paro.
Enquanto tudo gira e ninguém sente.
A vitória pisca distante, uma estrela
Quem disse que a vitória é tudo?
Às vezes  ganha quando se perde.

Quero o que não tenho.
Quando tenho não me importo
Há  muita garoa no caminho.
Espeto, espinho e o paraíso

Quero e não quero, eterno dilema
A penumbra não se acaba, o vagalume
Mesmo assim, eu vivo a dúvida e o instante.

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