Coisa inacreditável! Ir ao Supremo para que o Presidente mostre seu exame do coronavírus. Claro que não gostaria que ele tivesse adoecido e nem que viesse a adoecer, mas, acho tremenda perda de tempo ocupar ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e a imprensa em se concentrar num simples exame.
Não é pelo exame em si, mas pelos desafios que o 01 expõe-se de modo, posso dizer, até provocativo diante de aglomerações. É perda de tempo mesmo. Temos tantos problemas para resolver, para enfrentar, tão grandes e parece que estamos desdenhando diante da nossa realidade.
Creio que esses assuntos deveriam acontecer num país das fantasias. Será que somos um país das fantasias?
Eu nem me atrevo a falar aqui do que deveríamos colocar à mesa das prioridades nacionais, para que pudéssemos, minimamente, ser considerado um país responsável. Só falarei aqui, hoje e agora, na educação básica de qualidade, que já seria tão grande atitude de um líder que conduzisse de verdade e pudesse “maestrar” o Brasil, seus governadores, prefeitos, empresários, enfim, a sociedade.
É muita falta do que fazer. Lembro-me, quando menino, que se chamavam essas conversas inconvenientes de fuxicos, conversas de lavadeiras. A minha mãe levava a roupa suja para lavar numa bacia, rodilha à cabeça e “faceirava”, como outras tantas, para o riacho e ali passava quase o dia inteiro cantarolando, conversando, rindo e soltando os segredos da cidade inteira.
Acho que a nossa República tem levado a vida do nosso povo com a displicência, a simplicidade, aleivosias das minhas queridas tias e mãe, com água pela cintura, cantarolando sobre a vida alheia. O que é que temos com exame positivo ou negativo, diante de um país deseducado?
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