O Experimentalismo Institucional de Roberto Mangabeira Unger em Prol da Amazônia é tema de doutorado em Universidade Fluminense

O Experimentalismo Institucional de Roberto Mangabeira Unger em Prol da Amazônia é tema de doutorado em Universidade Fluminense

O servidor do estado de Rondônia, especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, Felipe Iraldo Biasoli, entregou na terça-feira (10), ao senador Confúcio Moura (MDB-RO), um exemplar da sua tese, “O Experimentalismo Institucional de Roberto Mangabeira Unger em Prol da Amazônia”, a qual lhe conferiu o título de doutor em ciência política pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

O senador Confúcio Moura ficou satisfeito pela delicadeza do pesquisador em presenteá-lo com um exemplar da tese de doutorado, justamente pelo tema abordado. “Fiquei muito feliz porque é sobre a participação do Mangabeira Unger, e as suas ideias no desenvolvimento e na preservação dos estados da Amazônia”, disse o parlamentar.

Graduado em Gestão de Políticas Públicas, pela Universidade de São Paulo (USP), mestre e doutor em ciência política pela UFF, Felipe Iraldo, afirma que a Amazônia é um assunto apaixonante, e que sempre teve interesse em pesquisar o tema. Quando foi aprovado no doutorado, resolveu aprofundar na temática e buscar a melhor maneira de estudar, pensando no futuro do bioma.

De acordo com o pesquisador, sobretudo nesse momento em que a Amazônia é um dos principais assuntos na mídia e no debate global, entra um novo paradigma de desenvolvimento sustentável. “O Brasil tem condições, por meio da biodiversidade amazônica e da criatividade do povo brasileiro, de mudar esse paradigma, e realizar um modelo de desenvolvimento inovador e transformador. Daí, utilizando a teoria social do professor Roberto Mangabeira Unger, passo a analisar os casos de Rondônia e do Acre”, explica Felipe.

Para ele, especificamente no caso de Rondônia, alguns temas se sobressaem. Por exemplo, a inovação dos consócios públicos no federalismo brasileiro. Começou com o Consórcio Brasil Central (BrC), no qual o estado é dos fundadores, seguido pelo Consórcio Amazônia. Com o sucesso do modelo, surgiram novos consórcios regionais. “O Nordeste criou, o Sul e o Sudeste também, então, essa iniciativa deu muito certo no país. Mas nasceu conosco, com o BrC”, assegura.

Um outro aspecto que torna Rondônia um estado interessante de ser analisado é a sua história, afirma o pesquisador. A colonização fundiária baseada na pequena e na média propriedade, ao contrário de boa parte da Amazônia, forjou uma sociedade mais igualitária, menos desigual que a maioria dos outros estados brasileiros.

Outros argumentos que o acadêmico aborda, para dizer que a Amazônia está diante de uma escolha, é que de um lado estão aqueles que advogam em prol da devastação, a fim de expandir a área da pecuária ou da agricultura, e do outro lado, os que buscam preservar a floresta a todo custo. “Essas duas vertentes, aparentemente opostas, são irmãs na falta de criatividade”.

Felipe Iraldo destaca que há um terceiro caminho para a região, que é baseado no experimentalismo e na inovação institucional. E são esses elementos que aponta na tese do doutorado. Segundo o pesquisador, iniciativas como o sistema agroflorestal, a venda de sequestro de carbono e uma série de empreendimentos inovadores podem gerar renda para o estado e transformar a vida das pessoas.

Ele afirma que é preciso dar vitalidade para essa sociedade, que vive numa situação muito curiosa, em que o mundo vê o tema das mudanças climáticas como problema central, mas a Amazônia ainda é tratada como pauta secundária pelo Brasil. “Curiosamente somos secundares no país, mas o mundo nos vê como prioritário. Então, espero que a nossa nação possa compreender o potencial dessa região, para então enxergar o nosso futuro e as nossas potencialidades com um novo olhar: renovado, criativo e formatado”, conclui.

 

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