O escondido, muito, muito caro

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O escondido, muito, muito caro

 

E a sociedade, como um edifício se abala. E o fogo não visto, do álcool, droga, visto ou não, entra em nossa alma, na lama do nosso sangue e esparrama o fel amargo sobre a nossa hipocrisia.

O brasileiro fuma menos. É um lado bem positivo. Menos tabaco em nossas vidas. Cigarro à venda, nos botequins, mesmo assim, fuma-se menos. A cachaça, uísque, cerveja à venda, falsa ou verdadeira, à venda, tributada, cara. Consome quem quer. Enquanto, ali no Uruguai, Mujica ousou, alguma coisa diferente, no mundo do maconha, um inicio de debate, muito de conflito, mas, encarou e deixou colocado um tema que o mundo teima em deixar debaixo do tapete.

Enquanto em nossas ruas há uma guerra. Há uma guerra civil em nossos presídios dominados. Há em nossas ruas a destruição da nossa juventude. Impera em nossas escolas uma nova ordem, dita por alunos rebeldes. Há leis que regulam parte do nosso país e cidades. A lei do Estado e a lei do bandido.

Está na hora de iniciar a  discussão avançada, desapaixonada sobre a política das drogas. Ou fazemos alguma coisa de coerente, ou os comandantes do tráfico imperarão. E pobre o Brasil será e o seu futuro. Sem juventude, sem conhecimento, sem leis, sem regras. Ou faz ou não faz. Na Indonésia é radical. Traficante morre mesmo. E por aqui, fica neste chove e não molha, nem faz e nem deixa de fazer, nem age, mas, finge que faz. Não vou citar exemplo nenhum, porque é desnecessário.

Não adianta esconder a nossa sujeira debaixo do tapete. As drogas existem e nos corroem a todos. O cigarro existe e fuma quem quer. E ficar fingindo de sermos um país da liberdade e da democracia, do estado de direito, do feito e do bem feito. A dura  vida dentro deste mundo cão, que tanta tecnologia, ainda não vê uma vela acesa nesta  escuridão.

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