Governar é a arte de engolir sapos, de cortar cabeças ou ainda mais – governar é ser o fiel da balança, de um lado o prato do conflito e, do outro, o do interesse. E por aí vai. Mas, para se governar precisa equilibrar os diversos poderes visíveis ou invisíveis. Mostro para vocês, no caso brasileiro, o lado do poder do trabalho – todos viram o efeito da “greve dos caminhoneiros” do ano passado. Não houve quem não tivesse prejuízo neste país. O governo ficou acuado dentro da imprevisibilidade e na imensa capacidade de organização do setor. Teve efeito de um barril de pólvora.
Por aqui, no Brasil, no momento há muitos poderes procurando a todo custo manter ou aumentar a força – o Executivo (presidente), o Judiciário, Militares, o Congresso Nacional, os evangélicos, o financeiro. E tem ainda alguns poderes, que estão de fora, nocauteados por um motivo ou outro, ainda nas “cordas”, mas vivos. E no melhor dos mundos, a união de alguns para o aumento da carga de poder e conseguir manter, o conjunto, no que estamos vivendo, que chamo de EQUILÍBRIO INSTÁVEL.
O ser humano precisa de líder. No Brasil temos a necessidade de investir em alguém com poder de decisão, para tocar a massa que está indiferente, lutando em cada trincheira, simplesmente, para sobreviver. Como Mandela foi importante para o povo sul-africano, foi grande, fez o que tinha que ser feito.
Analisar o Brasil não é difícil. Ao longo de nossa história acostumamos a administrar crises econômicas e políticas. Infelizmente está demorando demais para darmos a virada no sentido contrário e entregar ao povo os serviços essenciais de boa qualidade. A nossa carga de impostos bem que justificaria esta ansiada melhoria. Enquanto os conflitos entre poderes forem superiores ao interesse público, infelizmente, o nosso querido país, não sairá do buraco tão cedo.