Em eloquente discurso na entrega das chaves para famílias contempladas pelo programa Minha Casa Minha Vida no Bairro Socialista, em Porto Velho, o senador Confúcio Moura (MDB-RO) enalteceu hoje (24) o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva pelos projetos federais que beneficiam Rondônia. “É bom que saibam a verdade: o presidente não guarda mágoas, nem vira as costas ao estado”, afirmou. O senador está à frente da retomada de obras inacabadas em Rondônia, de um total de mais de 22 mil no País.
Visivelmente emocionado no palco armado ao lado dos blocos de entrada do residencial Porto Fino, o senador justificou a ausência do presidente, que viajou para Roma, participando dos funerais do Papa Francisco. “Mas ele recomendou ao ministro Jader Filho (Cidades) que falasse em nome dele na entrega das 304 chaves”, explicou.
O senador saudou as parcerias com a Caixa Econômica Federal, mencionou brevemente o momento habitacional brasileiro e voltou a falar do presidente: “Ele escolheu terminar obras inacabadas no País, entre eles, muitas creches e escolas em cidades e capitais de estado; o programa do governo federal é robusto.”

O investimento no residencial Porto Fino superou a R$ 28,6 milhões, beneficiando 1.200 pessoas, entre as quais, 190 pelo programa Bolsa Família e 11 do Benefício de Prestação Continuada (BPC). A Prefeitura de Porto Velho ofereceu a contrapartida de R$ 6,5 milhões.
Segundo Confúcio Moura, o programa Minha Casa Minha Vida está resgatando obras de 1.456 apartamentos em Ji-Paraná e logo começará um residencial em Cacoal.
Lembrou sua participação no programa durante os governos Lula e Dilma Rousseff: “Com eles tivemos o mais ousado projeto habitacional em Rondônia, alcançando 25 mil moradias.”
O ministro Jader Filho elogiou o senador: “Desde o primeiro dia de governo depois que o presidente Lula voltou, o senador Confúcio esteve conosco, sempre pedindo por vocês.”

Em clima alegre e descontraído, o senador Confúcio, prefeito Leo e ministro entraram no pavilhão ao som do boi-bumbá Az de Ouro. A Semur providenciou água mineral para o público, nos quatro cantos do pavilhão.
“Habitação, porta de entrada”
“Há 12 anos, quis o destino que eu voltasse a Porto Velho para entregar parte de um empreendimento que eu próprio contratei quando secretária nacional da habitação”, disse a vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Inês Magalhães. Ela lembrou o trabalho dos presidentes Lula e Dilma no setor, afirmando: “A habitação é a porta de entrada de outras políticas públicas.”
O ministro Jader Filho chamou ao palco o ex-prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, e ao lado de Inês Magalhães (Caixa Econômica Federal) disse: “Este sonho aqui começou com eles dois.”
Pacientemente, Jader Filho ouviu ponderações de diversos oradores, deu entrevista coletiva e posou para selfies com as pessoas. Apertou as mãos de diversos populares e abraçou-os, inclusive crianças.
O prefeito Léo Moraes também enalteceu a força política em prol do setor habitacional. Cumprimentou os parlamentares federais, os servidores e colaboradores estaduais e municipais, e ao se referir ao apoio do senador Confúcio logo lembrou o esforço dele e da reitora Marília Pimentel, pela construção do Hospital Universitário.

Ao manifestar gratidão ao ministro, o prefeito disse: “Aqui não há dinheiro de A ou de B, mas do povo de Porto Velho.
Representando no ato o governador Marcos Rocha, a secretária estadual desenvolvimento social, Luana Rocha, igualmente agradeceu pela entrega dos imóveis do Porto Fino: “Entregar uma casa é dar dignidade e abrigo seguro à pessoa, e quanto esse propósito é obtido com várias mãos unidas, as ações mais rapidamente vêm beneficiar a todos.”
A contratação original do empreendimento aconteceu em 2013, pelo Minha Casa Minha Vida. No mapeamento das famílias, a prefeitura deu preferência às que ocupavam margens de canais e outras áreas de risco, locais sempre insalubres.
A paralisação da obra acarretou atraso no encaminhamento da documentação de diversas famílias, porém, após a retomada, elas deram início ao cumprimento das orientações da Caixa Econômica para atualização de cadastro.

Satisfação
Georgiane Ketlen e Márcio Santos Sena, um casal de trabalhadores chacareiros, contaram que se inscreveram em 2019. “Estamos muito felizes”, disse Márcio com a filha Majore, 11 meses, ao colo.
Segundo relata, a família com quatro adultos e quatro crianças morou praticamente “amontoada” durante alguns anos, até que veio a oportunidade da inscrição para o Porto Fino.
Espera entrar logo no apartamento? Márcio: “Logo! É só botá o fogão e a geladeira lá que a gente se muda no dia.”

Da mesma forma, Georgete Gomes de Oliveira, do bairro Mocambo, mãe de duas filhas moças, que chegou a morar três anos em um sítio. “Eu estou encostada no INSS, com um braço quebrado, e fui hóspede numa casa que pertenceu aos meus pais; agora, espero ter uma vida melhor aqui.”
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