Único político de Rondônia aliado ao governo federal, o parlamentar afirma que o estado não pode abrir mão de ser parte da agenda de realizações do Planalto
Ao assumir a Tribuna do Senado Federal nesta terça-feira, 19, o senador Confúcio Moura reafirmou a sua posição centrista no espectro político e disse que a polarização extremada vivenciada no país produz impasse para temas importantes para a sociedade. Para o parlamentar, ao fazer parte do governo, o MDB defende os projetos apresentados pelo Planalto e isso é bom para a democracia e para o desenvolvimento do país.
“O tempo vivenciado na política, por vários mandatos, me ensinou que o bom senso e a prudência devem ser Indispensáveis tanto na vida pública como nos negócios. O importante é o que se chama de “ganha-ganha”, conceito em que não existem perdedores entre os participantes do jogo. É assim que tenho me comportado no atual Governo do Presidente Lula. Nenhum estado brasileiro pode prescindir de programas federais, geradores de desenvolvimento e bem-estar para o povo”, afirmou o senador.
Para o parlamentar rondoniense, a participação do MDB no governo é legitima e republicana, uma vez que a governabilidade exige aglutinação de forças políticas para construir maioria. “Vivemos momentos de recursos escassos no Brasil e no mundo. Nada melhor do que a cooperação entre os entes federados. Além do mais, qualquer governo necessita de apoio no Congresso Nacional para garantir o apoio necessário às reformas necessárias e leis facilitadoras de empreendimentos privados, além de uma boa governabilidade e segurança institucional”, explicou Confúcio Moura.
A decisão de compor com o governo foi do partido, e não dele ou de outros integrantes. Dito isso, sendo uma decisão partidária, cabe aos seus filiados seguir a orientação da legenda. “Eu optei por não entrar em polarização política desenhada nas eleições passadas. Eu sou um senador de centro, que apoia o Presidente para que seus planos sejam concretizados. Em segundo lugar, o governo abriu seu governo para o meu partido, o MDB. Temos três importantes ministérios: Ministério das Cidades, Transportes e Planejamento. Para eles, indicamos os melhores quadros do partido para contribuir com o país neste momento, que julgo difícil para o Brasil e para o mundo”, continuou.
Mesmo representando um estado que deu 70% dos votos para o candidato derrotado e elegeu bancadas de oposição, Confúcio Moura avalia ser legitima a posição do MDB. “Se todos os Parlamentares rondonienses fizessem oposição ao Presidente Lula? O que é que o estado ganharia ficando de fora de todos os programas federais? Claro que nada. Se fosse para jogar para a plateia, para mim seria mais cômodo ser um Senador de oposição, já que a oposição teve 70% dos votos no meu estado. No entanto, o juízo e o tempo me disseram para não seguir este caminho”, indagou o senador.
O senador tem a convicção de que o estado de Rondônia reúne as condições para ser o grande player da América do Sul. “Basta olhar o mapa da América Latina para ver: a cidade de Porto Velho está no coração do continente. As distâncias entre os oceanos Pacífico e Atlântico são as mesmas para a capital do estado. Sabendo disso e vendo que nosso estado tem vantagens geopolíticas claras, precisamos muito de infraestrutura de transportes, não apenas da melhoria da única rodovia que traceja o estado de norte a sul, a BR-364. Temos outras potencialidades logísticas, como a Hidrovia do Rio Madeira e, para o futuro breve, uma ferrovia para completar os modais do comércio latino-americano e saídas para o Pacífico. A ponte binacional Brasil-Bolívia está licitada! ” detalhou o parlamentar,
Um estado pequeno em população, como Rondônia, tem que estar na agenda do governo federal, seja quem for o presidente, acredita Confúcio Moura. O confronto político cabe aos estados maiores, cuja população pode decidir as eleições. “O Estado de Rondônia não ganha nada em fazer oposição raivosa ao governo federal. Por mais ideológicas que tenham sido as eleições presidenciais em 2022, isso não nos dá o direito de virar as costas para um Presidente legitimamente eleito. Caso a minha posição possa me causar sérios e irreparáveis prejuízos políticos, eu prefiro correr o risco a ter que renunciar aos investimentos e aos programas do atual Governo em nosso estado”, reafirmou Confúcio Moura.
Convencido de que as questões ideológicas são importantes, Confúcio Moura acredita que as pessoas mais pobres querem é ter melhor qualidade de vida, mais renda, mais dignidade. “A Rodovia 364 é de todos, ela não tem ideologia. Por ela trafegam carros de todos os partidos políticos. As linhas de crédito para os agricultores familiares e para o agronegócio exportador também não têm ideologia. Diante disso, eu busco ser um agente político que aproxima o estado do Governo Federal e que luta para que o estado não fique de fora do Orçamento, marginalizado, excluído”, afirmou.
Ao concluir, Confúcio Moura, reforçou a sua posição alinhada com o governo federal e disse saber que, mesmo que fosse oposição, não teria unanimidade no estado. “Nenhum dos que fazem oposição tem e acho que ninguém busca isso. Seria burrice. As minhas posições são históricas, e ninguém pode dizer que mudei de posição agora. Meu partido é o MDB, que é o único que sempre tive e pelo qual estarei aqui no Senado buscando o desenvolvimento do nosso estado e do país. A minha meta principal é lutar pela melhoria da educação de qualidade para todos. E, Rondônia, devido à sua população, pode ser uma amostra muito positiva e bem-sucedida de alfabetização de crianças e adolescentes no tempo certo e na idade certa. Lutaremos para isso! ”, concluiu Confúcio Moura.
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