Categoria: Poemas e Crônicas

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A ciática

Fui visitar o grande amigo Célio, lá no Espigão do Oeste. Estas conversas, comumente faladas, em tempos de campanhas, como se diz:  conversas de cerca “lorenço”. Vi o Célio caxingando, puxando de uma perna, e lá dentro, no espaldar da cadeira, estava uma bengala, que de quando em quando, o ajuda a sustentar o corpo...

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Poema para Tia Mourinha

autora: Vanda Moura (é minha irmã – o poema foi declamado no velório da nossa última tia, parte de pai, dia 9 de agosto passado, velório no cemitério Jardim das Palmeiras – Goiânia)   Porque estás triste Passarinho? Aí sozinho acabrunhado… Já a boca da noite, de costas para os últimos raios de sol?  ...

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Alusões

À frente as helicônias abrem seus braços vermelhos O outono bate diferente sobre o abril tingido de azul nítido Lá do outro lado de mim, está você, meu ancestral longínquo Confesso que de mim não espero mais do que sou Um congestionador de linhas Esta flor em vespa denteada me agride E o corte no...

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As lições de R.Q

  Aprendi com Rômulo Quiroga (um pintor boliviano) A expressão “reta não sonha”. Não use o traço acostumado. A força de um artista vem das suas derrotas Só a alma atormentada pode trazer para a voz um formato de pássaro. Arte tem pensa: O olho vê, a lembrança revê, e a imaginação transvê. É preciso...

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Cada um com seu fim

O seu fim foi como bem quis Feridas abertas às moscas, exposta Como Orides Fontela em surtos   A pressa em lhe dizer Supremos delírios e sonhos E seguir como borboletas   Tinha este desejo Ser um nada com rima A fada de palavra torta   Do açoite ao fim, um tempo ínfimo O voo...

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AH, O AMOR…..

Fui trabalhar no sábado. E como meu trabalho é ao lado do cemitério, Fiquei alguns minutos a olhar o futuro de todos nós. Vejo sepulturas novas, velhas, e durante alguns dias venho observando como são esquecidas durante o ano. Também…..Temos que trabalhar, amar, viver, não é? Mas, la no fundo, debaixo das mangueiras, vejo uma...

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Esqueci

Esqueci de lembrar de mim na viagem para Corumbiara. Sou uma mercadoria no porão. Eu mesmo quis ficar assim sem falar com ninguem Nao olhei pela janela do avião, nao queria sair de mim. A pasmaceira de nuvens brancas. Rolos, bolas, suspensas no nada. Eu ausente, querendo fugir de mim. Não choveu hoje e nem...

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A balsa do Abunã

Dia 5 de julho passado, bem cedinho, parada obrigatória à beira do Rio Madeira.  A balsa, bem no delta do encontro das águas dos Rios Abunã com o Madeira. As águas dos rios são diferentes, em cores e composição. O Abunã, água mais clara vai se misturando a medida que escorre.  Ali tem a balsa que dá...

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FERROPRIVA (POESIA)

Como barro por vezes Como baro por fome Como cacos de telha com imenso gosto Tenho gosto incontrolável por barro Barro pra mim é como remédio Sou carente de barro de ferro Por ferro, por vida por sangue Barro porque sou barro.

Agronegócio e florestas (Dá para coexistir)
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Agronegócio e florestas (Dá para coexistir)

Durante várias décadas uma polêmica se instalou no cenário ambiental mundial, é possível a coexistência de florestas e agronegócios? O que se pode afirmar é que países que conseguirem conciliar produção de alimentos, energia e outros bens com a atividade florestal terão uma vantagem comparativa muito grande, neste novo cenário que está se descortinando: produção...