Cadê o nosso feijão?

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Cadê o nosso feijão?

Eu li hoje que o governo brasileiro autorizou a compra de feijão de outros países. Porque preço do feijão subiu às nuvens, justamente pela falta do produto.  Eu acho tudo isto uma tremenda vergonha. Já que o arroz com feijão é a base da alimentação do brasileiro. Faltar feijão no Brasil é uma brincadeira que me faz pensar mesmo que estamos no fundo do poço.

Aqui em Rondônia, eu mesmo vi, vários compradores de feijão do Nordeste e outras regiões, campeando negócios ali para as bandas de Alto Alegre dos Parecis e Alta Floresta, porque o feijão é plantado no fim das chuvas, de março a abril e abre espaço para uma safra diferente e que o mercado de fora,  vem atrás,  mesmo porque escasseia no resto do Brasil.

Ali em Mirante da Serra e Nova União também são municípios de tradição produtora de feijão. Agora, eu fico me perguntando, quais os reais motivos que fizeram os agricultores rondonienses a não plantarem mais feijão, como plantavam no passado? Será que foram as pragas? A falta de incentivos oficiais?  A opção pela produção de leite? Porque o Governo facilitou a vida do pequeno produtor com o CARTÃO SEMENTE. Com ele o produtor pode comprar a semente bem mais rapidamente e em qualquer loja agropecuária. Antes, não era assim.

Agora, se Rondônia desejar cair de boca, para o lado dos sanduíches americanos é outra coisa. E muito mais grave sobre todos os aspectos. As franquias estão aí mesmo, proliferando maus costumes alimentares, que induzem a aumento de peso e doenças.  Talvez, quem sabe, este modismo queira tirar o feijão das nossas roças e das nossas mesas? Aqui, eu recomendo a EMATER, os cerealistas, as lojas agropecuárias com seus técnicos, as escolas técnicas, os prefeitos destes e de outros municípios a voltarmos a incentivar o plantio do feijão, como mais uma alternativa de renda para os pequenos produtores e sobre novas bases de  plantio. Além do mais, Rondônia ser um Estado produtor de alimento essencial a todos nós.

Eu mesmo não abro mão do meu arroz com feijão e digo pra vocês, na cidade que nasci, em Tocantins eu não me lembro de ter visto nenhum gordo. E todo mundo oz com feijão e muito,  todo santo dia.  O Brasil tem que voltar a ser Brasil, pode-se globalizar tudo, menos o nosso gosto histórico pelo arroz e feijão. Este nacionalismo eu aprovo.

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