Nos reunimos no gabinete para discutir os rumos da Medida Provisória 910/19, da regularização fundiária. Deixei com a equipe as minhas sugestões. Essa MP tem alguns pontos que ainda tenho dúvidas. Já busquei apoio de vários especialistas em Rondônia, que convive com esse tema e é uma oportunidade maravilhosa de a gente aproveitar essa matéria, enriquecê-la, para resolver os problemas fundiários do Brasil inteiro, especialmente do Centro Oeste e do Norte brasileiro. Esse é o grande momento.
Recebi o João Mangabeira, pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Homem dedicado à agricultura familiar sustentável e de projetos de certificação. Ele trabalha justamente nessas cadeias produtivas para os pequenos agricultores. A sua maior preocupação é com a fixação da juventude no campo, porque na área rural os filhos não querem mais suceder os pais na roça. Esse foi o assunto. Ele veio pedir apoio.
No pronunciamento eu fiz a defesa da agricultura familiar sustentável e destaquei que esses agricultores, especialmente da região amazônica, não têm dinheiro para comprar de equipamento e, por isso, não devem ser penalizados. Quem conhece a Amazônia entende o uso das queimadas para renovar pastagens, combater carrapatos e pragas nos plantios. São práticas antigas, de uma tecnologia ultrapassada, mas que, para ser substituída, precisaria de pesados investimentos. Também abordei a MP 910/19, editada pelo Presidente nesta semana. Esta Medida Provisória pretende conceder nos próximos anos, títulos de propriedades rurais para ocupantes de terras públicas. Acredito que vai ajudar e muito os pequenos agricultores.
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