Esta ladaínha é antiga. Todo ano se repete. Todo ano o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte), órgão federal destina milhões de reais para a dragagem do Rio Madeira e a sua sinalização. Todo ano a dragagem é prometida, todo ano, a dragagem não é feita. E assim, de ano em ano, quando chega nesta estação Rondônia e Acre começa a sofrer desabastecimento de produtos essenciais. E tudo vai ficando do mesmo jeito.
Ninguém ainda calculou o prejuízo de tudo isto. Ninguém nunca levou a sério esta situação. O Rio Madeira com os bancos de areia impedem a navegação, com isto a soja, carne, milho, e tudo enfim que se exporta, fica prejudicado. E tudo que vem de fora, combustível, massa asfáltica, gás de cozinha e cargas para o comércio, ou para de vez ou fica lento demais. E vem o pânico geral: “vai faltar gasolina”, vai “faltar gás de cozinha” . E quem pode começa a estocar em casa tudo isto. Um risco real de acidentes. Mas, ano que vem o DNIT, com certeza, terá a solução e eu já sei, que não virá solução nenhuma.
Por isto, eu acho que este assunto é nosso. De Rondônia e do Amazonas. Do Acre também, mas, este, fica mais distante e não se envolverá com bancos de areia. Eu já avisei o Leudo Buritis, Diretor do Porto Organizado público, para que se articule neste ano, para que não se repetir o cenário de sempre. Repito: o Rio Madeira é Federal, mas, quem movimenta nele é Rondônia e Amazonas. Quero deixar aqui, uma ideia para o Leudo Buritis trabalhar, trabalhar um novo modelo para resolver o grave problema rondoniese e o transporte de suas riquezas, sem os bancos de areia. Que será uma PPPC (parceria público, privada comunitária), pode copiar o modelo de lei que tem o Acre, único Estado com esta inovação legal e chamar a iniciativa privada, as empresas de navegação, que ganham dinheiro e precisam do rio liberado, os proprietários de portos, o Governo do Amazonas e o Estado de Rondônia. Nós e mais nós mesmos e somente nós que precisamos da hidrovia é que temos que resolver os nossos problemas. O Rio Madeira não é nosso, mas, termina sendo, a lei diz que é federal, mas quem movimenta nele é o estadual.
Minha gente, ainda mais agora, esperar pelo Governo Federal, numa crise como esta, você vai terminar morto e não verá o Rio Madeira dragado e nem sinalizado. Dragar significa retirar a areia do meio rio. É como diz a música de Vandré: “quem sabe faz hora, não espera acontecer”. Mais uma sugestão ao Leudo Buritis – criação de um CONSÓRCIO que envolva Rondônia e o Amazonas e iniciatia privada. Comece logo Leudo, comece, meu irmão, eu ainda quero ter cabelos na cabeça e olhos para enxergar o Rio Madeira, ano inteiro navegado, pra baixo e pra cima, pra cima e pra baixo.
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