Projeto de Confúcio declara Robson Sampaio de Almeida, Patrono do Paradesporto Brasileiro

Projeto de Confúcio declara Robson Sampaio de Almeida, Patrono do Paradesporto Brasileiro

Na avaliação do senador, além de fazer justiça ao atleta alagoano, a honraria é um estímulo àqueles que praticam esportes, mesmo com algum tipo de deficiência

O senador Confúcio Moura (MDB-RO) apresentou à Mesa Diretora do Senado Federal o Projeto de Lei n° 4150 de 2023, que declara Robson Sampaio de Almeida, ex-desportista e primeiro medalhista paralímpico brasileiro, Patrono do Paradesporto Brasileiro.

O senador justificou que   a homenagem a uma personalidade se torna importante não apenas para fazer justiça e eternizar a atuação de um cidadão em uma área ou atividade, mas, também, para que ocorra uma duradoura conscientização, gerada pela associação popular de seu nome com a causa. Confúcio Moura lembrou que recentemente foi promulgada a Lei 14.559, de 2023, que, merecidamente, declarou Ayrton Senna da Silva como patrono do esporte brasileiro.

O parlamentar rondoniense enfatizou que ainda pelas suas próprias particularidades, ocorre uma marginalização cultural do paradesportista. “Então, para fins de conscientização quanto à importância da prática de atividades físicas por pessoas com deficiência, não tem sido suficiente que as ações estejam englobadas nas estratégias do esporte em geral”, disse o senador.

De acordo com o senador, a apresentação do nome de Robson Sampaio como Patrono do Paradesporto Brasileiro, expressa contribuição à causa, por ser um merecedor da honraria. “Ele é reconhecidamente pioneiro do esporte adaptado no Brasil, que fundou no Rio de Janeiro, em 1957, o Clube de Otimismo, consolidado como o primeiro movimento nacional organizado para prática desportiva por pessoas com deficiência” explicou.

Para Confúcio Moura, as atitudes de Robson Sampaio inspiraram ações positivas do paradesporto no país. Segundo o senador, no ano de 1972 o Brasil estreou nas Paralimpíadas em Heindelberg, na Alemanha, contando com Robson disputando basquete e atletismo, na prova de arremesso de dardo de precisão.  “Em 1976, em Toronto, no Canadá, foi justamente Robson Sampaio, ao lado de Luiz Carlos Costa, que se tornou o primeiro medalhista paralímpico do país, alcançando prata no lawn bowls, uma espécie de bocha praticada em campos de grama”, disse.

Ao finalizar, o senador enfatizou que o fato de o Brasil se destacar, nos últimos anos, nas principais competições paraolímpicas, se deve à perseverança de Robson, que possibilitou que essa história fosse trilhada.

Em Tempo

O alagoano Robson Sampaio ficou paraplégico nos Estados Unidos, no fim da década de 1960, após sofrer um acidente de trabalho numa fábrica de papel, atingido nas pernas e espinha dorsal por um grande rolo que carregava em uma empilhadeira.  Robson Sampaio faleceu em 11 de janeiro de 1987, no Rio de Janeiro.

Veja o link do PL 4150 de 20323 

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