O salto no escuro (uma história da pandemia COVID-19) Capítulo 31

O salto no escuro (uma história da pandemia COVID-19) Capítulo 31

Dei um descanso para mim mesmo, porque não escrevi nada sobre a COVID-19 por três semanas. Fiquei reparando o movimento do vírus no Brasil e no mundo. E não é que está vindo aí a segunda onda? Caracas! Segunda onda é para deixar a cabeça fora do pescoço mesmo.

Até aqui no Brasil, ali em Manaus (Amazonas), o vírus ressurgiu com força insana, quando todo mundo estava animado com a possibilidade de se vê por aqui a bendita imunidade de rebanho. Foram desmontados os hospitais de campanha. Abriram-se as vagas das UTIs para outros doentes graves. Quando menos se espera, lá vem o coronavírus remando nas águas do Rio Amazonas.

Ele deu uma escondida, o povo se espavoriu nas ruas sem máscaras, aglomerado, bares cheios, campanha política nas ruas, carreatas, reuniões. O “bicho” ressuscitou.

E na Europa?

Quando tudo havia se acalmado, o povo voltando às atividades habituais, escolas se abrindo, inusitado e inesperado, aparece o “monstro” aterrorizador na Espanha, Itália, França, Alemanha, Inglaterra e mais e mais. Os governos agem com dureza, a população reage nas ruas, vira um confronto entre comerciantes ameaçados de quebradeira e evidente necessidade de proteger a população vulnerável.

É a segunda onda. Ela não sobe a curva em V. E nem desce em V invertido. Ela tem lombo de dromedário. E vai ondulando, como montanhas vistas de longe. A conclusão que se tem, é que se precisa manter a rédea curta, soltando e folgando, até que surja a vacina de qualidade, para que o mundo possa respirar e correr como um felino bravo, correndo do fogo.

Governo existe para isso mesmo. Para agir quando precisa, sem medo de suas decisões, que só será avaliada, criteriosamente, com o passar do tempo.

As eleições americanas se aproximam, a COVID-19 aumenta na população, o Trump ruge como um bicho selvagem, o Biden “sereneia” diante dos reflexos da pandemia sobre o Presidente. E o Brasil segue por aqui, com a doença sendo segurada pelos chifres, com as mãos dos prefeitos e governadores. A vida e a morte seguem de mãos dadas, como se uma e outra se entendessem muito bem.

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