O salto no escuro (uma história da pandemia COVID-19) Capítulo 10

O salto no escuro (uma história da pandemia COVID-19) Capítulo 10

Ficando em casa, confinado, terminou por explodir as compras eletrônicas. Também pudera, com o comércio fechado, o único jeito de comprar, e mais barato, foi pela Internet. E assim foi feito. Aqui também pode-se aplicar a Lei de Newton – a cada ação, uma reação igual e em sentido contrário. A reação foi o atraso na entrega. Os Correios entraram em colapso. Os prazos de entrega não foram cumpridos. O pico da crise foi junho e julho de 2020.

Sem espaços para eventos e shows, surgiram as “lives”. Os artistas de fama buscaram patrocinadores para cobertura dos seus “cachês”, e deu certo. As “lives” pegaram e vieram para ficar. E virou uma nova moda. Palestras em “lives”, musicais em “lives”, dançarinos em “lives”, lutas em “lives”.

O serviço remoto ou “home service” veio para ficar. As empresas observaram que fica muito mais barato deixar o pessoal em casa, quando podem, sem gasto com água, papel higiênico, espaço, computadores, energia. Em alguns casos, até redução do aluguel. No serviço público, muitas áreas de atividades podem ser feitas em casa. É bom para a empresa e muito melhor para o trabalhador, sem gasto de gasolina, sem congestionamentos, sem disputar vagas em estacionamentos.

E surgiu a necessidade de se ficar junto. De se compartilhar. De se olhar o vizinho com a cara de um amigo ou de um parente.

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