Banco Central e BNDES precisam entender a importância das Ocips no apoio aos marginalizados, diz Confúcio   

Banco Central e BNDES precisam entender a importância das Ocips no apoio aos marginalizados, diz Confúcio   

Na audiência pública desta terça-feira (07), da Comissão Mista de acompanhamento das ações do Governo no enfrentamento ao coronavírus, que debateu as dificuldades de acesso ao crédito para as micro e pequenas empresas, o senador Confúcio Moura (MDB-RO), presidente do colegiado, afirmou que as únicas instituições creditícias possíveis de acolher os brasileiros invisíveis e informais são as OSCIPs (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público).

O parlamentar lembrou que o Brasil possui 38 milhões de invisíveis, pessoas que não estão em lista do governo, trabalhadores informais, desempregados que não têm acesso à internet para se regularizar, e que ficaram sem renda em razão da pandemia. Para ele, as OSCIPs são as únicas instituições capazes de atender os marginalizados, no entanto, elas têm tido, ao longo do tempo, uma discriminação excessiva pelo Banco Central e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Confúcio afirmou que é preciso permitir que essas pessoas, que são excluídas do crédito, excluídas da política bancária convencional, sejam acolhidas, porque quem sabe trabalhar com pobre são as OSCIPs. “Isso é verdadeiro, um fato consumado no mundo inteiro. Então, os trabalhadores informais são acolhidos pelas OSCIPs, pelas cooperativas de crédito solidárias, os chamados bancos do povo, criados lá em Bangladesh, há muitos anos”, asseverou.

A audiência pública contou com a participação de representantes das pequenas empresas, das cooperativas de crédito, das sociedades de organizações civis, das OSCIPs, das representações das sociedades de garantia de crédito, aqueles que precisam do apoio do sistema financeiro e do sistema bancário nacional, de um lado, e do outro, representantes do Governo e dos agentes financeiros da União.

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