O nome coronavírus foi midiático. Pela sua forma aumentada milhares de vezes, tal como uma coroa cheia de espinhos, garrinhas nas pontas. Bonito, colorido, imponente, desconhecido e com enorme capacidade de provocar no homem uma doença sistêmica. Entra pelas narinas. E o homem contaminado apresenta-se gripado, espirra e tosse. A pneumonia vai andando pelo corpo, provocando estragos em muitos órgãos. Os vírus exalados contaminam outras pessoas. E a transmissão é matemática. Uma progressão geométrica.
No final de dezembro de 2019 foram diagnosticados os primeiros casos. Na cidade de Wuhan, China. Enquanto estava apenas por lá, o mundo ficou observando os noticiários. Ninguém, a princípio, se incomodou. E ficou mais ou menos assim: – a China é longe daqui. A doença é deles. Tivemos o Carnaval por aqui, blocos nas ruas, escolas de samba, alegria, ninguém ainda sabia que o vírus chegaria ao Brasil. Já estava aqui, ainda silencioso. Dia 26 de fevereiro de 2020, o primeiro caso diagnosticado. Centenas de pacientes com a doença; de febre, coriza a pneumonia. Aa maioria curava em casa, outros eram assintomáticos. Percentuais pequenos com graves sintomas de insuficiência respiratória precisaram de UTI. Veio a primeira morte em 17 de março.
De lá pra cá não se teve mais sossego. Doença nova. Sem remédios específicos. Com mil e uma recomendações leigas. Sem vacina. E as mortes em série. E a enorme divergência de comandos entre governo federal, estadual e municipal. O povo atormentado pela dúvida. O Presidente “prescreveu cloroquina”. Foi contra o isolamento social. E veemente contra o fechamento do comércio e proibições de aglomerações. Tudo virou um pandemônio por aqui. Ainda bem que grande parte da população, amedrontada, perdendo parentes, percebeu que a doença não era uma “gripezinha”, como disse o Presidente Bolsonaro. Tratava-se de doença grave para idosos, doentes crônicos, diabéticos e hipertensos.
De quem é este vírus? Ele já existia ou foi originado da China? Mais que oportuno pensar aqui na teoria da evolução de Darwin. A de que os seres vivos vão se modificando de acordo com o meio, indiferentemente, como se manifestou na China. inicialmente, bem que poderia surgir em qualquer outro país do mundo. Se veio da sujeira de mercados, de ratos ou morcegos, tantas outras possibilidades. A diferença de um vírus da gripe para o corona são os seus arranjos de ácido ribonucleico. Vou ficar por aqui. Neste capítulo de introdução.
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