A política de créditos para os estados, municípios e empresas privadas foi o principal assunto na audiência pública desta terça-feira (16), da Comissão Mista do Congresso Nacional, que acompanha as medidas relacionadas à pandemia da covid-19, com o presidente do BNDES, Gustavo Montezano.
Montezano contextualizou o BNDES como um banco público que tem uma missão de melhorar a vida do cidadão brasileiro, falou da política de créditos da instituição, dos programas e recursos que estão à disposição das micro, pequenas, médias e grandes empresas, além dos recursos para a área de saúde, tanto para hospitais filantrópicos, como para os hospitais públicos.
O senador Confúcio Moura (MDB-RO), presidente do colegiado, destacou a participação ativa de internautas, parlamentares e a quantidade de indagações. O parlamentar considerou que o presidente do BNDES foi sereno e respondeu a todos com muita tranquilidade. “Eu creio que a reunião surtiu bons efeitos, porque foi bem esclarecedora, mostrou o trabalho do BNDES como uma instituição pública repassadora de recursos para os diversos agentes financeiros”, ressaltou.
O presidente do banco enfatizou o Programa Emergencial de Suporte a Empregos (PESE), lançado há dois meses com desembolso em torno de R$4 bilhões, mas informou que sofrerá mudanças. “Está sendo remodelado em um debate na Câmara, para que o programa tenha um maior alcance. Com a remodelagem do Pese, a gente pode chegar a cerca de R$20 bilhões de desembolso, ou algo próximo disso hoje e a gente necessita de algumas melhorias legislativas e de condições para flexibilizar o uso desse recurso”, explicou.
A respeito das microempresas, Montezano disse que logo no começo da crise o BNDES aumentou a linha de capital de giro, por meio de repassadores bancários. Lembrou que a forma que o banco tem para apoiar a micro, pequena e média empresa é através de parceiros.
O presidente do BNDES disse que é importante reconhecer que a crise traz aprendizado e revela muitas verdades. No Brasil, segundo ele, o acesso ao crédito para micro, pequena e média empresa não é algo oriundo da crise. A crise só externalizou. “A crise fez saltar aos nossos olhos como a gente precisa trabalhar mais e ter mais medidas, ter mais ações estruturantes que facilitem e viabilizem o crédito para esse segmento empresarial, que gera tanto emprego, é tão importante na nossa produtividade e é tão importante no nosso empreendedorismo”, ressaltou.
Além de ouvir o presidente do BNDES, a comissão oficializou a criação de subcomissão temporária para estabelecer um sistema paralelo de contagem de casos e óbitos causados pela pandemia do novo coronavírus no Brasil e comparar com os dados oficiais divulgados pelo Governo Federal, e aprovou ainda os requerimentos para convocar os ministros da Saúde e do Meio Ambiente.
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