Confúcio defende a manutenção de recursos para pesquisas científicas

Confúcio defende a manutenção de recursos para pesquisas científicas

Parlamentar é contra contingenciamento de recursos, e diz que por falta de investimentos o Brasil pode perder pesquisadores para outros países.

“Eu falo o seguinte: pode faltar dinheiro no Brasil para qualquer coisa, mas não pode faltar dinheiro para a pesquisa” alertou o senador, Confúcio Moura (MDB-RO) na segunda-feira (20), em Plenário, referindo-se ao corte no orçamento no âmbito das pesquisas e manutenção do ensino superior anunciado pelo governo federal, o que ameaça o pagamento de bolsas de estudo e, por extensão, a produção científica brasileira. O parlamentar também defendeu a autonomia financeira às universidades.

Para Confúcio Moura, a pesquisa científica tem um papel fundamental para o crescimento do Brasil, a exemplo das pesquisas feitas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que através de seus estudos propiciou um salto extraordinário na produção de grãos, de leite e carne para a exportação brasileira. “A parte boa da economia brasileira, tem sustentado dados positivos, justamente o agronegócio. Isso tudo graças ao trabalho missionário dos pesquisadores da Embrapa”, enalteceu o senador.

Confúcio Moura elogiou os pesquisadores e os estudos das universidades estaduais e federais, que segundo ele tem um trabalho silencioso devotado dos seus cientistas, confinados nos seus laboratórios, anos a fio, produzindo e publicando materiais científicos importantíssimos. Assim como o Instituto Butantã, em São Paulo, que produz imunobiológicos voltados para a saúde pública, sendo responsável por grande parte dos soros e vacinas produzidas no Brasil.

De acordo com o parlamentar, mesmo com todas as dificuldades, são muitos cientistas brasileiros que se destacam no mundo inteiro, e se houver incentivos às pesquisas científicas mais resultados positivos serão produzidos.  Moura enfatizou que em Rondônia existe a Fundação de Pesquisa do Estado de Rondônia (Fapero), criada por ele em 2011, quando governador, e que, atualmente financia com recursos próprios, 80% de bolsas e pesquisas de mestrado e doutorado do Estado, e veem incentivando um grande número de jovens pesquisadores.

Confúcio criticou o anuncio do contingenciamento de recursos por parte do governo federal, que causou um mal-estar nas universidades, principalmente nas áreas das pesquisas científicas e lembrou que recentemente apresentou na Casa, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 66/2019 que prevê mais autonomia financeiras às universidades, a proposição, segundo ele, prevê que as universidades públicas administrem os recursos dos serviços prestados à sociedade.

Ao finalizar o discurso, Confúcio Moura afirmou: “Ou o Brasil prestigia os seus pesquisadores ou os nossos pesquisadores vão embora. Eles vão embora. São ótimos pesquisadores, podiam elevar o nome, a imagem do Brasil. E eles, como a Celina Maria Turchi, lá de Pernambuco, e outros, vão terminar indo para laboratórios americanos. Vão para laboratórios de outras partes do mundo”, lamentou.

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